domingo, 25 de dezembro de 2011

Sim, o Rio de Janeiro continua lindo!

Turista na nossa própria cidade? É bom demais... E se fizer muito tempo que você não vai lá, melhor ainda... A sensação é ótima. O coração fica muito feliz.


Corcovado e Pão de Açúcar não dá para perder.
Sempre lindos. Escolha um dia sem nuvens e desfrute o visual.


O Museu da República, no Palácio do Catete, é excelente. Vale não só pela exposição, mas também pelo lindíssimo prédio. O Museu Histórico Nacional também vale a visita. A farmácia antiga é perfeita, e era do vô da Letícia, prima das minhas primas...


A Confeitaria Colombo do centro é lindona e o fim de tarde na filial do Forte de Copacabana é uma delícia. O Real Gabinete Português de Leitura é totalmente desconhecido, o que é uma pena. Muito bacana! Assim como a Biblioteca Nacional.


O Teatro Municipal é lindo demais. Vale a pena entrar e conhecer. Se não der para assistir um espetáculo, não deixe de fazer a visita guiada. O melhor mesmo é fazer os dois e conhecer os camarins, o palco... E do ladinho, está o Museu de Belas Artes. Tudo na boca do metrô, estação Cinelândia. 


O prédio do Centro Cultural do Banco do Brasil também é fantástico e a programação, muito boa. Como é também a do Centro Cultural dos Correios.
Do Espaço Cultural da Marinha saem dois passeios excelentes e baratos. A visita à Ilha Fiscal e o passeio de barco pela Baía de Guanabara. No passeio de barco a cidade se revela por um ângulo bem diferente do habitual, a não ser para quem vai trabalhar de barca todo dia. Corcovado, Pão de Açúcar, Marina da Glória, Outeiro, Praca XV, Candelária, tudo visto do mar. Em Niterói, além das praias, o Museu de Arte Contemporânea e a Fortaleza de Santa Cruz. O passeio é feito num rebocador que atuou na 1ª Guerra Mundial e é muito legal, com as ilhas, a entrada da baía... A visita à Ilha Fiscal também vale, especialmente se você conhecer um pouquinho da história do último baile da monarquia. Cada um custa 10 reais, mas só funciona de quinta a domingo e em horários pré-determinados.


A Praca XV é uma coisa muito doida. O paradoxo do Paço Imperial ficar na Praca que chama XV de Novembro é uma coisa que sempre me chamou a atenção. De uma lado, a placidez e simplicidade da construção do paço e de outro, a balbúrdia da praca. O estação das barcas é o que sobrou do Mercado Municipal, ali no meio do movimento, da sujeira e da feiura.


A rua do Ouvidor e a rua do Rosário estão cheias de botecos e restaurantes, uns melhores e outros piores. Mas a área é otima para se divertir. Fica do ladinho do CCBB.
Apesar de estar mal cuidado demais, o Largo do Boticário continua encantador... E é do lado da estação do trem para o Corcovado.


Comidinhas cariocas:
Bolinho de aipim, bolinho de bacalhau, ovo empanado, pão doce, sonho, risole de camarão, empadinha de camarão e um bom filé com arroz, feijão, batata frita e ovo. Em nenhum lugar do mundo o bife é melhor do que no Rio! Pão de batata recheado com presunto e queijo, sanduíche de filé com queijo e cebola no shoyo. Waffle. Biscoito Globo e Mate Leão.

O melhor café da manhã:
Sem dúvida é numa boa casa de sucos. E há várias na zona sul. Tem suco de todas as frutas e algumas verduras. Eu gosto de fruta do conde e morango (com amora, fica ótimo). E caqui, melancia, pera, tangerina... Difícil escolher. Para acompanhar pão na chapa com polenguinho ou pão com ovo. Tudo de  bom!

Onde achar as delícias?

Restaurante Amir - na Praça do Lido. Muitas opções de pratos árabes, como refeições ou petiscos. O homus tahine é o melhor que já comi e o pão é assado na hora. A costeleta de cordeiro e o mixui de frango são imbatíveis. Uma boa opção é o prato Shawarma, que vem com molho tarator e arroz marroquino, e que, apesar do cardápio não dizer, dá para 2 pessoas. Para quem gosta, tem docinhos árabes de sobremesa.


Confeitaria Colombo - Toda sorte de delícias está lá. Salgados de todo tipo (inclusive empada de camarão e ovo empanado), petit fours, pães, biscoitos, quiches, chás, bombas, tortas, bolos, doces portugueses, sanduíches, sorvetes e o melhor waffle do planeta. Tudo isso num prédio espetacular e com serviço excelente. Os itens servidos no buffet infelizmente não tem a mesma qualidade, compensa pedir a la carte. No Café do Forte, filial em Copacabana, o cardápio é bem menor e o waffle baixa a nota de 10 para 8. Mas vale ir de vez em quando, porque a paisagem é encantadora.

Big néctar - Excelente casa de sucos e lanchonete, que serve também pratos rápidos. Várias filiais.

Padaria Tupan - No final da Nsa. Sra. de Copacabana, é o melhor lugar para comer pão doce e sonho. Hummmmm!


Bracarense - Para tomar chopp e saborear o bolinho de aipim com camarão e catupiry. Para quem tem alergia a camarão (porque é impossível que alguém não goste!), tem bolinho de bacalhau e de feijoada, pastel, empada, caldinho de feijão, sanduíche de filé e outras delícias. Nos dias de semana, é bom para almoçar também (se sobrar espaço na barriga). O Filé Bracarioca me gusta mucho. Fica no Leblon, na José Linhares.

Lamas - Bem tradicional, mesmo tendo mudado de endereço por causa da construção do metrô. Perfeito quando a vontade é de filé. São diversas opções. Gosto muito do Osvaldo Aranha, com batatas portuguesas e muito alho.

Adega do Pimenta - Mesmo tendo perdido um pouco do charme quando acabaram com os trenzinhos, ainda vale a visita. Escolha uma cerveja entre as muitas opções e peça o kassler com batatas coradas.Há muitos embutidos de entrada e joelho de porco, goulash, pato e coelho. O melhor de tudo é a levíssima torta alemã, realmente especial! Aproveite para passear pelo bairro e descobrir algumas preciosidades.

Rua do Ouvidor ou rua do Rosário - Ruazinhas estreitas, lotadas de restaurantes e bares. O lugar é tão agradável que não tem problema se você não escolher uma comida tão boa assim. A feijoada do "Antigamente" é honesta, mas nada que se compare a do Cavalcante.

sábado, 12 de novembro de 2011

Concorrência desleal

Concorrência desleal é um filme sensível, nada piegas e com um tema que me atrai bastante. De Ettore Scola, mostra de forma bem humorada e tocante como a injustiça social pode estabelecer uma grande amizade.


Sinopse: Dois comerciantes de roupa disputam a clientela, chegando ao ponto de trapacear para acabar com o negócio do concorrente. Umberto é alfaiate, de família tradicional italiana, que prima pelo acabamento. Já Leone é um judeu italiano que vende roupas prontas e mais baratas. Além de possuírem lojas vizinhas, moram em apartamentos colados e seus filhos são grandes companheiros. Para piorar o clima de rivalidade, os filhos mais velhos dos dois homens se apaixonam e iniciam um romance. O clima de batalha continuaria até que uma das lojas falisse, não fosse a visita de Adolf Hitler à Itália e as novas leis impostas pelo ditador Benito Mussolini, que excluíam os judeus da sociedade italiana, como já vinha ocorrendo na Alemanha. Com esta injustiça, os dois rivais se transformam em verdadeiros amigos e a ajuda de Umberto passa a ser de fundamental importância para Leone e sua família.

Aqui um ótimo artigo sobre o filme 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Almodóvar

Não, não é o famoso diretor de cinema.
É um crepe delicioso que experimentei na creperia C'est si bon, da Asa Norte.
A massa, de trigo sarraceno, me fez lembrar as deliciosas galettes francesas que eu tanto amo. O recheio é filé mignon, shiitake no molho shoyu acebolado, requeijão cremoso e alho poró. Fantastique!
O Sir Lancelot também é muito bom, com presunto de parma, queijo brie, tomate seco e rúcula. De doce, tem o Puro Êxtase (morangos, chocolate ao leite e chantilly) e o Narue (morangos, chocolate ao leite e sorvete de creme) que são gostosinhos, mas ainda não me apaixonei por nenhum. Crepe doce eu gosto mesmo é do Peteleco, do Crepe au Chocolat, de brigadeiro e chantilly. Delícia!


Crepes x Panquecas... E Galettes?

Desde que eu era criança, minha mãe fazia panquecas. Recheadas com carne moída e levadas ao forno... hummmm! Bom Demais. Era esse o nome de um bar, nos anos 80, onde além da gente encontrar todo mundo que importava e curtir ótima música ao vivo, comia a deliciosa panqueca da Cristininha.
Pois é! Depois, sei lá porque, todo mundo no Brasil começou a chamar panqueca de crepe. E foi só quando fui aos Estados Unidos pela primeira vez que descobri o que é a panqueca de verdade. É aquela fofa, de massa grossa, que a gente come empilhadas e cheias de mapple syrup. Maravilha também!
Depois de bem definida na minha cabeça a diferença entre panqueca e crepe, viajei para a França. E para a Bretanha. Que, por sinal, é um paraíso. Cheio de cidra e galettes, duas das coisas que mais gosto no mundo. Pois então, foi lá que descobri que galettes são crepes salgados, com massa de trigo sarraceno, servidos como prato principal. A tradicional galette bretonne é servida com queijo, presunto e ovo frito. Há, porém, vários sabores. Cada um melhor que o outro.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Polônia

A Polônia é um pais super católico e tudo remete ao Papa João Paulo II. Agora eu entendo bem  porque "o papa é pop".
Em Wadowice, sua terra natal, está a casa onde nasceu e a igreja onde foi batizado. Lá também tem um doce bem gostoso, chamado Kremówka (fala-se algo como cremuska). Na verdade, ele é encontrado em toda a Polônia, mas o mais gostoso que comi foi o original de lá.


Czestochowa é a capital religiosa do país. No Santuário de Jasna Gora está a famosa pintura da "Virgem Negra", que é muito bonita.


Cracóvia é mais uma cidade cujo visual é favorecido pela água. O rio Vístula proporciona paisagens cenográficas. Das pontes se tem belas vistas do Monte Wawel, que é um ótimo lugar para passear. O Castelo Real e a Catedral de Cracóvia são lindíssimos. O centro histórico (Stare Miasto) tem várias igrejas, mas a principal é a Basílica de Santa Maria, em cuja torre um toque de trompete soa de hora em hora. Ainda na Praça do Mercado (Rynek Glowny), explore o fervilhante mercado e as várias ruelas simpáticas ao redor.


A arquitetura de Cracóvia é colorida e muito rica, com vitrais, pinturas e esculturas. Tem um estilo medieval, mas com construções renascentistas, barrocas e góticas. E além de tudo, não foi  bombardeada durante a 2º Guerra. Ou seja, o centro histórico está lá inteirinho: lindo e preservado.


É interessante passear pelo Bairro Judeu, embora a população judia atual seja estimada em apenas 200 pessoas. Tem o antigo gueto, a emocionante Praça da Concórdia e a fábrica de Oscar Schindler, que agora é um museu. São uma excelente preparação para a visita a Auschwitz.
O passeio às Minas de Sal de Wieliczka agrada muitas pessoas, pela quantidade de estátuas esculpidas em sal. Eu não achei essa maravilha toda.
 

Ficamos fãs do Restaurante Chlopskie Jadlo. A comida é mesmo muito boa e o lugar, uma gracinha. Recomendamos Pierogi Misto (com recheios de carne, batata e repolho), Mixed de Carne Grelhada com Molho de Alho, Costela de Porco com Mel, Bife Rolê com Bacon e Picles de Pepino.

A visita a Auschwitz era, para mim, a grande expectativa da viagem. Tinha muita vontade de conhecer.
Os pavilhões do campo de Auschwitz I foram transformados em museu. Além de salas com pertences originais das vítimas (malas, chinelos, óculos, cabelos, próteses ortopédicas, brinquedos, roupas) e muitas fotos e documentos, pode-se visitar a câmara de gas, o crematório e a "parede negra", que era um muro para fuzilamentos. Em Birkenau (Auschwitz II), dá para ver o interior dos pavilhões de madeira, ruínas de câmaras de gás, a lagoa onde se despejavam as cinzas...
Um passeio fantástico, sem comentários. Imagino que muitas pessoas não queiram passar por lá, mas a minha opinião é de que todo mundo precisaria ver isso.


Varsóvia foi uma cidade que me surpreendeu. Por ter sido totalmente arrasada na 2ª Guerra, eu não tinha muita expectativa. Só que a cidade é uma delícia! Além de linda.
O Parque Lazienkowski é bastante florido e gostoso de passear; as avenidas são largas e o centro histórico (Stare Miasto), uma gracinha.


Eu sabia que tinham reconstruído o centro histórico exatamente igual ao que era antes da guerra, mas achei que ia ser sem graça. Grande engano! A Praça da Sereia (Rynek Starego Miasta) é maravilhosa. E tem, também, o Palácio Real, as vistas do rio Vístula, as antigas muralhas...
Imperdível fazer uma caminhada entre os belos casarões, estátuas e igrejas da Estrada Real e ver a Universidade, os bancos que tocam músicas de Chopin, a Academia de Belas-Artes... As fachadas das casas são muito decoradas, há vários artistas de rua. É uma cidade com charme. Gostei demais!


O Bairro Judeu não tem muitos atrativos. O Monumento aos Heróis do Gueto ocupa o centro do antigo gueto, que era o maior da Polônia, com  450 mil pessoas amontoadas em uma área de cerca de 3.3 quilômetros quadrados. Depois da revolta judaica de 1943, o gueto foi completamente destruído. 
O Palácio da Cultura e da Ciência  foi construído por ordem de Stálin e pago pelos poloneses. É um prédio bem estranho e nada querido pela população, já que marca a dominação comunista.

Para comer a deliciosa comida polonesa com cerveja Zywiec, um ótimo local é o Restaurante Folk Gospoda. O pierogi é delicioso e o mix de carnes assadas é gigante. Suficiente para alimentar uma pequena vila... Além do lugar ser super charmoso e ter ótima música, o cardápio está também em inglês, o que significa fugir das consoantes com acento, vogais com cedilha e outras bizarrices.


Para quem gosta de moules, as da Trattoria Bellini não deixam nada a dever às belgas. E fica na Praça da Sereia, ou seja, um local com visual encantador.


O Restaurante grego El Greco também é uma opção. A moussaka estava só mais ou menos, mas o carneiro com creme de leite estava absolutamente fantástico.