Eu amo a Alemanha! Esta foi a sensação que me invadiu logo no desembarque no aeroporto de Munique. Claro, grande, limpo, organizado, bonito... Tudo funcionando direitinho, uma beleza. Tudo bem que eu não entendia nada do que estava escrito nas placas, mas tem tudo escrito em inglês também. E sempre tem os desenhinhos...
Para completar, tudo nevado nas ruas e uma temperatura agradável.
É, boas influências para começar uma viagem. Estado de espírito perfeito.
Apesar disso, chegamos em Berlim sem a mala do Vinícius. Veremos se a Alemanha é tão eficiente agora...
Em 2011, fui à Berlim pela primeira vez. Mês de setembro, quase outono.
Só três dias, mas foi paixão à primeira vista. Dá uma olhadinha aqui.
Desta vez, uma semana inteira. E no auge do inverno. Será que é amor de verdade?
A Ilha dos Museus arrasa, Lá estão os museus Pergamon, Neues, Altes, Bode e a Alte Nationalgalerie, além da catedral Berliner Dom. Um simples passeio pela ilha já vale a pena, porque os prédios são suntuosos e belos. Mas, é claro, que o melhor está lá dentro.
É, boas influências para começar uma viagem. Estado de espírito perfeito.
Apesar disso, chegamos em Berlim sem a mala do Vinícius. Veremos se a Alemanha é tão eficiente agora...
Em 2011, fui à Berlim pela primeira vez. Mês de setembro, quase outono.
Só três dias, mas foi paixão à primeira vista. Dá uma olhadinha aqui.
Desta vez, uma semana inteira. E no auge do inverno. Será que é amor de verdade?
A Ilha dos Museus arrasa, Lá estão os museus Pergamon, Neues, Altes, Bode e a Alte Nationalgalerie, além da catedral Berliner Dom. Um simples passeio pela ilha já vale a pena, porque os prédios são suntuosos e belos. Mas, é claro, que o melhor está lá dentro.
O Altes Museum (Museu Antigo) abriga antiguidades gregas, romanas e etruscas e o Neues Museum (Museu Novo), artigos da pré-história e a incrível coleção egípcia. Isso significa que lá está o formidável busto da Nefertiti, com suas cores originais. O máximo!
No Bode Museum estão a Coleção Bizantina, a Coleção de Esculturas e a Coleção Numismática, com moedas e medalhas de todas as origens e épocas. A Alte Nationalgalerie (Antiga Galeria Nacional) é dedicada a pinturas e esculturas do século XIX. Além dos pintores alemães famosos como Caspar David Friedrich, Karl Friedrich Schinkel, Adolph Menzel e Max Liebermann, há obras de Monet, Renoir, Cézanne, Manet e esculturas de Rodin.
No Bode Museum estão a Coleção Bizantina, a Coleção de Esculturas e a Coleção Numismática, com moedas e medalhas de todas as origens e épocas. A Alte Nationalgalerie (Antiga Galeria Nacional) é dedicada a pinturas e esculturas do século XIX. Além dos pintores alemães famosos como Caspar David Friedrich, Karl Friedrich Schinkel, Adolph Menzel e Max Liebermann, há obras de Monet, Renoir, Cézanne, Manet e esculturas de Rodin.
O Pergamonmuseum (Museu Pergamon) é magnífico. Além do altar do templo de Atenas da cidade de Pérgamo, temos o Portão do Mercado de Mileto, a Fachada de Mshatta (parte de um palácio na Jordânia), a Porta de Ishtar (oitavo portão que dava acesso à Babilônia) e outros tesouros. Foi lá que me apaixonei pelas jóias antigas.
É muita história junta. Muita arte, muita beleza. Um programa imperdível!
Os ingressos podem ser comprados individualmente, mas há um bilhete que dá acesso aos cinco museus da ilha e que compensa financeiramente mesmo se você for a apenas dois deles.
Os ingressos podem ser comprados individualmente, mas há um bilhete que dá acesso aos cinco museus da ilha e que compensa financeiramente mesmo se você for a apenas dois deles.
Saindo da ilha, Berlim continua pródiga em museus interessantes.
A Neue Nationalgalerie (Nova Galeria Nacional) se dedica a pinturas e esculturas do século XX e lá estão Picasso, Dalí, Munch, Klee, Kirchner, Miró e Kandinsky. As pinturas europeias dos séculos XIII ao XVIII ficam na Gemäldegalerie. Fazem parte do acervo Van Eyck, Brueghel, Dürer, Ticiano, Caravaggio, Rubens, Vermeer e Rembrandt.
Ambas as galerias ficam no Kulturforum, um complexo cultural construído pela antiga Alemanha Ocidental para rivalizar com a Ilha dos Museus que, antes da queda do muro, ficava na Berlim Oriental. Também integram o Kulturforum a Filarmônica, a Biblioteca Nacional, o Museu de Instrumentos Musicais e o Museu de Artes Decorativas.
O Jüdisches Museum Berlin (Museu Judaico de Berlim) conta a história dos judeus na Alemanha, por meio de objetos e dispositivos intererativos e multimídia. Além do acervo, o projeto arquitetônico é um espetáculo. De autoria de Daniel Libeskind, o prédio é cheio de simbolismos que conectam sua arquitetura com o tema do museu. A construção é formada por três eixos que se cruzam e que simbolizam as três realidades do povo judeu no país: o Eixo do Holocausto, o Eixo do Exílio e o Eixo da Continuidade. Internamente existem cinco corredores verticais que vão do subsolo ao último andar, denominados voids. Em um deles encontra-se o impressionante trabalho de Menashe Kadishman, chamado de Shalechet (folhas caídas): o chão é coberto por 10 mil rostos feitos de ferro.
Para baratear os custos, há vários passes que dão acesso a museus e atrações e podem incluir também o transporte. Vale pesquisar qual se encaixa melhor no seu perfil. Eu usei o Welcome Card, mas tem quem prefira o Berlin Pass.
As praças de Berlim também são ótimas atrações.
Na Bebelplatz ficam a Universidade Humboldt e a Ópera, mas o fato que a tornou mais conhecida foi a queima de livros ali ocorrida em 1933. Logo após a ascensão de Hitler, o ministro da Propaganda e do Esclarecimento Popular, Joseph Goebbels, resolveu moldar as artes para atender os objetivos do partido. E, assim, associações de estudantes lideraram o Ato Nacional contra o Espírito Não-Germânico e resolveram purificar a literatura alemã pelo fogo. Foram banidos escritores como Einstein, Marx, Freud, Bertold Brecht, Heinrich e Thomas Mann.
No local há um discreto memorial: uma placa de vidro no chão por onde se vê prateleiras de livros compeltamente vazias. Ao lado, a citação do poeta Heinrich Heine: "Onde se queimam livros, acaba-se queimando pessoas."
Ambas as galerias ficam no Kulturforum, um complexo cultural construído pela antiga Alemanha Ocidental para rivalizar com a Ilha dos Museus que, antes da queda do muro, ficava na Berlim Oriental. Também integram o Kulturforum a Filarmônica, a Biblioteca Nacional, o Museu de Instrumentos Musicais e o Museu de Artes Decorativas.
O museu Story of Berlin é uma exposição sobre as origens e desenvolvimento da cidade e inclui uma visita guiada a um bunker nunca utilizado. O DDR Museum mostra o cotidiano da Alemanha Oriental. O Haus am Checkpoint Charlie - Mauermuseum se dedica a retratar os anos da Guerra Fria, com histórias a respeito do muro e das tentativas de fuga dos cidadãos da Alemanha Oriental que queriam chegar ao Ocidente. São museus pequenos, mas muito visitados. Tem coisas legais, mas não estão com essa bola toda.
Gostei mais do Märkisches Museum, que é a sede da Fundação Museu da Cidade. O prédio de tijolos vrmelhos é notável e lá estão despojos de muitos edifícios históricos de Berlim. Além disso, o acervo reúne maquetes, fotos e gravuras, objetos, esculturas e armas.
Para baratear os custos, há vários passes que dão acesso a museus e atrações e podem incluir também o transporte. Vale pesquisar qual se encaixa melhor no seu perfil. Eu usei o Welcome Card, mas tem quem prefira o Berlin Pass.
As praças de Berlim também são ótimas atrações.
Na Bebelplatz ficam a Universidade Humboldt e a Ópera, mas o fato que a tornou mais conhecida foi a queima de livros ali ocorrida em 1933. Logo após a ascensão de Hitler, o ministro da Propaganda e do Esclarecimento Popular, Joseph Goebbels, resolveu moldar as artes para atender os objetivos do partido. E, assim, associações de estudantes lideraram o Ato Nacional contra o Espírito Não-Germânico e resolveram purificar a literatura alemã pelo fogo. Foram banidos escritores como Einstein, Marx, Freud, Bertold Brecht, Heinrich e Thomas Mann.
No local há um discreto memorial: uma placa de vidro no chão por onde se vê prateleiras de livros compeltamente vazias. Ao lado, a citação do poeta Heinrich Heine: "Onde se queimam livros, acaba-se queimando pessoas."
A Potsdamer Platz me agrada muito. O local onde um dia passou o muro, agora é um centro pulsante e conjuga o moderno e o antigo de uma forma muito interessante. Nesta última viagem, tivemos ainda o adicional do Berlinale - o badalado festival internacional de cinema de Berlim.
A Alexander Platz é uma movimentada área comercial. Lá ficam a Berliner Fernsehturm, a famosa torre de TV com restaurante giratório, e o Weltzeituhr, a estrutura metálica que exibe o fuso horário de diversas partes do mundo. Também a Marienkirche e a Rotes Rathaus (Prefeitura Vermelha), trocadilho com a cor dos tijolos do prédio e a tendência política dos prefeitos.
Um lugar sempre muito agradável, seja inverno ou verão, dia ou noite, são os arredores do Hackescher Markt e da Rosenthaler Straße. São muito restaurantes e bares transados e lojinhas com bugigangas diferentes, além dos belos prédios do Hakesche Höfe e do ambiente undreground do pátio do Café Cinema.
Um lugar sempre muito agradável, seja inverno ou verão, dia ou noite, são os arredores do Hackescher Markt e da Rosenthaler Straße. São muito restaurantes e bares transados e lojinhas com bugigangas diferentes, além dos belos prédios do Hakesche Höfe e do ambiente undreground do pátio do Café Cinema.
O Brandenburger Tor fica na saída do Tiergarten e marca a antiga divisa entre os dois lados de Berlim. É um símbolo emblemático da cidade, sempre movimentado... Lá tem início a avenida Unter den Linden, que tem excelente comércio, variada gastronomia e leva diretinho para a ilha dos museus.
Tiergarten é o enorme parque que abriga o Jardim Zoológico e a manjada Siegessäule (Coluna da Vitória), erguida para comemorar as vitórias militares da Prússia. Também nas suas proximidades fica o imponente prédio do parlamento - Reichstag, com a magnífica cúpula de aço e vidro que propicia ótimas vistas da cidade.
O memorial Topographie des Terrors ocupa o espaço que abrigou, durante o regime nazista, a Gestapo, a liderança da SS e o Escritório Central de Segurança do Reich. Neste local foram planejados e gerenciados os crimes cometidos pelo regime. Os prédios foram praticamente destruídos com os bombardeios e suas ruínas demolidas após a guerra. Com a divisão da cidade em setores, a fronteira entre os setores americano e soviético ficava nesta rua e, em seguida, por ali passava o muro de Berlim. Este trecho do muro ainda existe e compõe o tom sóbrio do lugar.
São painéis com textos, fotos, cartas, documentos, artigos de jornal, áudios, que contam sobre o regime nazista, da ascensão à queda: o cenário político da época que levou Hitler ao poder, as estratégias de propaganda do regime, as ações gradativas de perseguição aos judeus, a expansão nazista pela Europa e o rastro de terror e sofrimento deixado. São lembrados também os ciganos, os homossexuais, os deficientes e todas as outras vítimas.
O Holocaust-Mahnmal, criação do arquiteto americano Peter Eisenman, é um mosaico formado por 2711 colunas de concreto erguidas bem próximas umas das outras, com ângulos variados e alturas diferentes. O impacto visual é impressionante. À semelhança de um grande cemitério, o monumento lembra os seis milhões de judeus assassinados pelo nazismo.
Ainda no tema do nazismo, merece destaque o campo de concentração de Sachsenhausen. Não tem o mesmo impacto de Auschwitz, onde se pode visitar até uma das câmeras de gás. Sachsenhausen é bem menor e não tem uma exposição tão bem montada.
Para algumas pessoas, visitar um lugar como esse é impensável. Para quem tem um pouco mais de estômago, vale a pena porque fica do ladinho de Berlim. É só pegar o trem (S-Bahn) até a estação de Oranienburg, e de lá, um ônibus urbano para o campo.
Se você se interessou pela visita à Auschwitz, leia o post sobre a Polônia.
Cemitérios também não são lugares muito queridinhos nos roteiros turísticos, mas vem crescendo muito o número de pessoas que se interessam por este tipo de visita. Entre os mais badalados estão o Père Lachaise, em Paris; o da Recoleta, em Buenos Aires; os vários cemitérios de guerra, nos EUA e na Europa, e o Antigo Cemitério Judeu de Praga. O Jüdischer Friedhof data de 1880 e entre seus túmulos e memoriais encerra grande beleza.
Depois da questão Nazismo e Holocausto, o tema histórico que chama mais atenção em Berlim me parece ser a divisão da cidade pelo Muro, símbolo absoluto da Guerra Fria. E há muitas atrações com este foco, além de simples pedaços de muro dispersos pela cidade toda.
O Holocaust-Mahnmal, criação do arquiteto americano Peter Eisenman, é um mosaico formado por 2711 colunas de concreto erguidas bem próximas umas das outras, com ângulos variados e alturas diferentes. O impacto visual é impressionante. À semelhança de um grande cemitério, o monumento lembra os seis milhões de judeus assassinados pelo nazismo.
Ainda no tema do nazismo, merece destaque o campo de concentração de Sachsenhausen. Não tem o mesmo impacto de Auschwitz, onde se pode visitar até uma das câmeras de gás. Sachsenhausen é bem menor e não tem uma exposição tão bem montada.
Para algumas pessoas, visitar um lugar como esse é impensável. Para quem tem um pouco mais de estômago, vale a pena porque fica do ladinho de Berlim. É só pegar o trem (S-Bahn) até a estação de Oranienburg, e de lá, um ônibus urbano para o campo.
Se você se interessou pela visita à Auschwitz, leia o post sobre a Polônia.
Cemitérios também não são lugares muito queridinhos nos roteiros turísticos, mas vem crescendo muito o número de pessoas que se interessam por este tipo de visita. Entre os mais badalados estão o Père Lachaise, em Paris; o da Recoleta, em Buenos Aires; os vários cemitérios de guerra, nos EUA e na Europa, e o Antigo Cemitério Judeu de Praga. O Jüdischer Friedhof data de 1880 e entre seus túmulos e memoriais encerra grande beleza.
Depois da questão Nazismo e Holocausto, o tema histórico que chama mais atenção em Berlim me parece ser a divisão da cidade pelo Muro, símbolo absoluto da Guerra Fria. E há muitas atrações com este foco, além de simples pedaços de muro dispersos pela cidade toda.
Checkpoint Charlie era o posto militar que ficava na divisa entre os setores americano e soviético da cidade divida entre os vencedores da II Guerra Mundial.
O Gedenkstatte Berliner Mauer é um memorial que consiste de um trecho preservado do muro que se estende por vários quarteirões da Bernauer Straße, rua que dividia os bairros de Wedding e Mitte. Com a divisão de Berlim em quatro setores após a guerra, acabou ficando em dois setores: a rua e sua calçada norte ficavam no setor francês (Wedding) e os prédios no lado sul pertenciam ao setor soviético (Mitte). Antes da construção do muro, não se viam tantos transtornos de ordem prática, mas quando as barreiras foram erguidas (em uma noite) as pessoas se viram subitamente separadas de seus amigos e parentes.
O local foi palco da maioria dos casos de fuga para o lado ocidental de Berlim e este é o principal foco da exposição, que engloba fotos e textos. No centro de documentação há uma torre de onde se vê o trecho de 60 metros de comprimento do muro, com a faixa da morte, a torre de observação e postes de luz, tudo original. É muito legal!
Está lá toda a história da construção do muro, o bloqueio de acesso terrestre aos setores americano, francês e britânico de Berlim, o surgimento da República Federal da Alemanha e da República Democrática Alemã. Eu gostei bastante.
A East Side Gallery é um conjunto de pinturas realizadas sobre trecho do Muro de Berlim, em 1990. Mais de 100 artistas de todo o mundo usaram suas tintas para deixar um testemunho visual da alegria que a queda do muro provocou. As obras trazem beleza e diversão a esse símbolo da separação e são uma pequena mostra da paixão da cidade pela street art.
A cidade é uma imensa galeria de arte contemporãnea a céu aberto. As obras estão por toda parte, é uma delícia. Destaque para o Kunsthaus Tacheles, um centro cultural meca da cultura punk e alternativa, completamente coberto de grafites, adesivos, estêncis... Fica em Scheunenviertel, um mini-bairro dentro de Mitte, lotado de galerias, ateliês, bares. Bacana mesmo.
Outra região agradável é Nikolaiviertel, um quarteirão no centro histórico de Berlim, na margem do Spree. É o local de origem da cidade, mas a maioria dos prédios históricos foram destruídos pelos ataques aéres da II Guerra. Atualmente, mescla edifícios restaurados e reconstruções baseadas em modelos históricos. A Nikolaikirche, igreja mais antiga de Berlim, foi reconstruída a partir da fachada - única coisa que restou após os bombardeios. Hoje em dia, a igreja abriga um museu sobre sua construção e sobre a história da cidade. Em meio às ruelas charmosas e às lojinhas interessantíssimas, destaque ainda para a Knoblauchhaus (Casa do Alho) e para o Ephraim-Palais, cuja reconstrução utilizou partes originais da fachada.
Para finalizar, duas atrações imperdíveis no lado ocidental.
Primeiro, a Kurfürstendamm ou, para facilitar, Ku'damm. Esta super avenida reúne o melhor do comércio, alguns prédios históricos, bares e restaurantes badalados, o museu Story of Berlin e a Kaiser Wilhelm Kirche.
Esta igreja foi bombardeada mas a torre oeste permaneceu de pé e foi preservada como uma ruína. A nova igreja foi construída em aço, concreto e vidro, com vitrais inspirados nas cores do vidro da belíssima catedral de Chartres: muito azul e alguma coisa de vermelho, verde e amarelo. É uma construção bastante interessante e os mosaicos da torre antiga são lindos.
O Palácio de Charlotenburg (Schloss Charlottenburg) é uma bela construção e seu interior, bastante suntuoso. A visita guiada nos conduz um pouco pela história dos reis da Prússia, especialmente de Frederico I e de sua rainha Sophie Charlotte. Um bom passeio!
Berlim é uma cidade que conta muitas histórias, tanto de esplendor como de horror. De um grande império e de uma cidade dividida... E é bacana que o país não queira esconder sua história, mesmo as passagens mais macabras. São várias as iniciativas para registrar momentos dolorosos da história, numa tentativa de evitar o esquecimento. Para quem se interessa sobre o tema, vale ler um interessante artigo sobre história, memória e esquecimento.
Aproveitando o gancho, não resisti a colocar umas fotos históricas aqui.
Fim da II Guerra Mundial, com os soviéticos no alto do Reichstag |
Derrubada do Muro de Berlim |
Derrubada do Muro de Berlim |
Hospedagem e alimentação:
Como na outra visita o hotel que ficamos era muito ruim, desta vez optamos pelo Hotel Berlin, Berlin e não nos arrependemos. O quarto é muito bom, com vista para a Coluna da Vitória e tudo. O café da manhã é ótimo, com brie, panquecas, chás orgânicos incríveis, gaufres, salsichas, cogumelos...
A localização também vale, porque embora não fique em Mitte (a zona mais badalada), há duas estações de metrô perto e uma parada de ônibus bem em frente. E nesta parada passa a linha 100, que é praticamente uma linha turística já que percorre a maioria das atrações urbanas.
Quanto à alimentação, Berlim permite muita variedade e não faz ninguém passar aperto. Há restaurantes de todas as nacionalidades e preços.
Experimentamos um grego legalzinho, que ficava perto do hotel: Ja Niko Ja.
Mas nós investimos mesmo na culinária alemã. Cerveja, naturalmente, e muita salsicha, carne de porco, batatas, pão... Delícia!
Mas nós investimos mesmo na culinária alemã. Cerveja, naturalmente, e muita salsicha, carne de porco, batatas, pão... Delícia!
Comemos bem em todas as refeições, mas dois lugares merecem ser indicados pelo sabor da tradicional comida alemã e pela excelente relação custo x benefício:
Gasthaus Krombach - Adorei o Berliner Teller e as tiras de filé de porco com molho cremoso de champignons e spatzle.
Zum Patzenhofer - Meus preferidos foram Bauernschinitzel e Szeegediner Goulasch.
E para quem quiser associar a cerveja à atividade física e, de quebra, ver o movimento da cidade, tem o Bierbike. Está super na moda, mesmo no frio!
E já que estamos falando de cerveja, passemos a Munique. A cidade é a capital da cerveja, o berço da Oktoberfest. É incrível a quantidade de cervejarias, tanto fechadas - bierkellers - quanto ao ar livre - biergartens. A Hofbräuhaus é a choperia mais tradicional, fundada por monges em 1592. O chope é servido em canecas de 1 litro e o ambiente é animadíssimo, com uma banda que toca músicas típicas. Para quem mais come do que bebe (euzinha) também vale a pena, as comidas tradicionais são ótimas.
Munique foi uma escala rápida, que nos permitiu apenas um passeio pelo centro histórico, debaixo de muita neve.
A área entre a Karlsplatz e a Marienplatz concentra um grande número de igrejas e edifícios históricos, além de um animado comércio. A Neuhauer Straße é uma rua de pedestres muito animada, cheia de barraquinhas de bratwurst e de restaurantes e cervejarias, como a Augustinerbräu. De sobremesa, experimente o lebkuchenherzen - delicioso biscoito com forma de coração.
O coração da cidade também é famoso pelas suas torres. Durante a Reforma Protestante, Munique exerceu o papel de bastião do Catolicismo e muitas de suas igrejas são desta época.
Só neste trecho em que nos esbaldamos são seis igrejas: Büngersaal, Michaelskirche (Igreja de São Miguel), Frauenkirche, Dreifaltigkeitskirche (Igreja da Santíssima Trindade), Peterkirche e Augustinerkirche, igreja secularizada que abriga agora o Deutches Jagd-und Fischereimuseum (Museu da Caça e da Pesca).
Do alto das torres de cúpulas verdes da Frauenkirche (Igreja de Nossa Senhora), de 99 metros de altura, é possível uma vista da cidade e dos Alpes próximos. Como nevava a cântaros (se é que isso é possível), nos contentamos com a visita à cripta, onde está o túmulo do imperador Ludwig da Bavária.
A rua Neuhauer continua como Kaufinger Straße, que conduz à MarienPlatz. Esta deslumbrante praça tem sido o coração da cidade desde sua fundação. Era originalmente a praça do mercado e serviu de palco para muitos torneiros durante a Idade Média. Ficam lá a velha e a nova prefeituras - Altes Rathaus e Neues Rathaus. A fachada neogótica desta última abriga o Glockenspiel, um carrilhão com 43 sinos e bonecos dançantes que executam um espetáculo representando momentos históricos importantes. O prédio é muito lindo e a praça, uma delícia.
Logo em seguida, fica o mercado municipal Viktualienmarkt. Este mercado ao ar livre é uma ótima pedida para comer, beber, fotografar, passear... e até para fazer compras. Além de frutas e verduras, carnes, peixes e embutidos, tem cervejas, vinhos, queijos do mundo todo, artesanato, pães, nozes, conservas... É de encher os olhos! E eu que já gosto de uma feira...
Nosso passeio ficou por aí. Com menos de 24 horas disponíveis, optamos por deixar os museus para a próxima visita. E não foi falta de opções, muito pelo contrário. Além de várias pinacotecas de renome, são destaque o Deutsches Museum, dedicado à ciência e tecnologia; o Stadtmuseum, cujas peças contam a história e as tradições da cidade, e o Glyptothek, com uma enorme coleção de esculturas greco-romanas. Também ficaram para a próxima o Nymphenburg, o palácio de verão dos eleitores; o Residenz, antiga residência dos reis da Baviera, e o Englischer Garten.
Apesar da rapidez da visita e do clima não estar dos melhores, aproveitamos bastante Munique. A cidade não é apenas linda, é também muito alegre e animada. Merece, sem dúvida, uma visita de verdade.
Clique aqui para ver mais fotos bacanas de Berlim.
E para finalizar, o retorno sobre a eficiência alemã na devolução da mala.
Nosso voo chegou em Berlim às 14h20.
Quando voltamos para o hotel à noite, NO MESMO DIA, a Malinha do Vinícius estava lá, perfeita, esperando por ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário