Porque a bandeira da Grécia é azul e branca?
Porque essas são as cores do país. De verdade. As lindas cores do país.
Porque o que há de mais lindo na Grécia decididamente não é Atenas.
São as ilhas. É o Mar Egeu e as casinhas nas encostas.
Azul e branco. Azul e branco...
A típica arquitetura grega mantém a maioria das casinhas pintadas de branco.
Em contraste os belíssimos tons de azul do mar e do céu.
Em incrível harmonia.
Os Argonautas(*)...
A viagem não foi nada fácil mas que o cenário era encantador, isso era.
E tudo bem que eles tinham outras motivações, mas que uma viagem de anos é empolgante, isso é.
E rodeados de mistérios e encantamentos ligados ao mar...
É uma aventura e tanto entrar nesse espírito e curtir as Ilhas Gregas.
Santorini é um sonho!
É o que sobrou de um vulcão que explodiu em 3 mil a.C. e tem o formato de uma meia-lua. As vilas ficam no alto das encostas e você tem que subir do porto por um teleférico. Ou em burricos.
Lá de baixo, o mar e as casas brancas amontoadas na rocha escura fazem um contraste interessante. Mas o melhor de tudo é o visual lá de cima. Nunca imaginei que lava solidificada combinasse tanto com mar azul e casinhas brancas. É extraordinário!
As ruas muito estreitinhas, muitas flores coloridas, janelas lindas, rampas, escadarias... As igrejas com belas cúpulas azuis. Moinhos. E terraços.
Cafés com terraços. Restaurantes com terraços. E casas com terraços.
Vimos um com varais de roupas coloridas que era belo, belíssimo, pura poesia.
E o panorama que se tem de cada um deles... Deleite visual que se alastra pelos sentidos.
Creta, a maior das ilhas gregas, é a terra do Minotauro!
Não sei se todo mundo está tão familiarizado com esse carinha quanto eu, mas minha infância mergulhada nos livros de Monteiro Lobato me deu o direito de considerá-lo uma figura muuuuito quase íntima...
Como não podia deixar de ser, a grande atração da ilha é visitar o Palácio de Cnossos. Infelizmente, o que existe lá é uma reconstrução feita pelo arqueólogo inglês Evans que, ao que parece, exagerou um bocado.
Apesar disso, é bacana. Não exige tanto da imaginação ver tudo construidinho e facilita o entendimento de certas coisas. Fica um pouco Disney, mas não deixa de ter seu valor.
A contrução era mesmo enorme. Cinco andares, mais de mil aposentos, banheiros com água encanada... Um luxo!
São muitos afrescos, pilares e escadarias. Pode-se ver a sala do trono e a banheira da rainha.
Minha decepção ficou por conta do labirinto do Minotauro nunca ter sido encontrado... Imagina-se que a lenda do labirinto teria surgido justamente em função do tamanho do palácio e de como era fácil perder-se ou esconder-se entre os mil cômodos. A propósito da lenda do Minotauro, morto por Teseu, voltamos à lenda dos Argonautas, já que Teseu foi um deles...
O principal habitante do palácio teria sido o rei Minos, que deu nome à civilização originada na ilha - Minoica. Bastante avançada, a civilização minóica floresceu entre os séculos XXX e XV a.C. e sua economia era baseada no comércio externo. Consta que Minos foi quem "mais cedo adquiriu uma frota e dominou a maior extensão do mar que hoje se chama Helênico; exerceu a hegemonia sobre as ilhas Cíclades..."
Acredita-se que o fim dos minóicos foi causado por maremotos decorrentes da erupção do vulcão de Santorini. Teoricamente, esta história é a origem da lenda de Atlântida, a cidade submersa.
Um lugar que deu origem a tantas lendas só pode ser interessante, certo?
Ainda mais se circundado por um magnífico mar azul!
Um grande número de peças minóicas está exposto no excelente museu arqueológico de Heraklion.
Mas muito antes da Idade Média, Rodes era conhecida pelo Colosso de Rodes, uma estátua gigantesca do deus Hélios. Na entrada do porto de Rodes, onde ficava o lendário colosso, hoje estão as estátuas do cervo e da corça.
É um passeio bastante agradável sair da cidade murada e ir pela beira do mar cristalino até a marina, cheia de veleiros.
O encanto de Rodes continua na pequena vila de Lindos. Quase toda de casas branquinhas, espremidas em ruas muito estreitas, em meio a lojas de presentes e cerâmicas. Tudo com um fundo de mar maravilhoso e pedras escuras...
Vale visitar a acrópole e desfrutar da vista da Baía de São Paulo. Sua saída para o mar é muito estreita e, conforme o ângulo de visão, dá a impressão de ser uma lagoa de águas azuis.
Os Argonautas(*)...
A viagem não foi nada fácil mas que o cenário era encantador, isso era.
E tudo bem que eles tinham outras motivações, mas que uma viagem de anos é empolgante, isso é.
E rodeados de mistérios e encantamentos ligados ao mar...
É uma aventura e tanto entrar nesse espírito e curtir as Ilhas Gregas.
Santorini é um sonho!
É o que sobrou de um vulcão que explodiu em 3 mil a.C. e tem o formato de uma meia-lua. As vilas ficam no alto das encostas e você tem que subir do porto por um teleférico. Ou em burricos.
Lá de baixo, o mar e as casas brancas amontoadas na rocha escura fazem um contraste interessante. Mas o melhor de tudo é o visual lá de cima. Nunca imaginei que lava solidificada combinasse tanto com mar azul e casinhas brancas. É extraordinário!
As ruas muito estreitinhas, muitas flores coloridas, janelas lindas, rampas, escadarias... As igrejas com belas cúpulas azuis. Moinhos. E terraços.
Cafés com terraços. Restaurantes com terraços. E casas com terraços.
Eles estão pela ilha toda, debruçados nas encostas, muito acima do nível do mar. Com guarda-sóis. Com vasos de plantas. Com cadeiras esparramadas. Com espreguiçadeiras.
Vimos um com varais de roupas coloridas que era belo, belíssimo, pura poesia.
E o panorama que se tem de cada um deles... Deleite visual que se alastra pelos sentidos.
Fira e Oia são as principais cidades. Vivem cheias de turistas agarrados às câmeras fotográficas e enlouquecidos com o grande número de lojinhas e restaurantes. A arquitetura tradicional continua preservada e a sensação é de estar dentro de um postal. As aldeias do interior são mais autênticas, praticamente intocadas. Ao longo da estrada, campos cultivados com figos, uvas e azeitonas...
O por do sol em Oia também é muito concorrido, com uma disputa apressada pelos melhores lugares para desfrutar da aura alaranjada que banha o mar, as casas, as falésias.
Patmos é outra dessas ilhas criadas pelos deuses. Pequenina, suas atrações estão muito ligadas à igreja cristã ortodoxa. O belo Monastério de São João fica na cidadezinha de Chora e nos seus arredores está a caverna onde teria sido escrito o Livro do Apocalipse.
O por do sol em Oia também é muito concorrido, com uma disputa apressada pelos melhores lugares para desfrutar da aura alaranjada que banha o mar, as casas, as falésias.
Patmos é outra dessas ilhas criadas pelos deuses. Pequenina, suas atrações estão muito ligadas à igreja cristã ortodoxa. O belo Monastério de São João fica na cidadezinha de Chora e nos seus arredores está a caverna onde teria sido escrito o Livro do Apocalipse.
Lá do alto, uma linda vista da baía de Scala e dos moinhos característicos do Egeu.
Na descida, o labirinto de casas caiadas, flores coloridas e detalhes azuis.
E chegando ao mar, a água claríssima. Linda! E o vilarejo de Kambos.
Creta, a maior das ilhas gregas, é a terra do Minotauro!
Não sei se todo mundo está tão familiarizado com esse carinha quanto eu, mas minha infância mergulhada nos livros de Monteiro Lobato me deu o direito de considerá-lo uma figura muuuuito quase íntima...
Como não podia deixar de ser, a grande atração da ilha é visitar o Palácio de Cnossos. Infelizmente, o que existe lá é uma reconstrução feita pelo arqueólogo inglês Evans que, ao que parece, exagerou um bocado.
Apesar disso, é bacana. Não exige tanto da imaginação ver tudo construidinho e facilita o entendimento de certas coisas. Fica um pouco Disney, mas não deixa de ter seu valor.
A contrução era mesmo enorme. Cinco andares, mais de mil aposentos, banheiros com água encanada... Um luxo!
São muitos afrescos, pilares e escadarias. Pode-se ver a sala do trono e a banheira da rainha.
Minha decepção ficou por conta do labirinto do Minotauro nunca ter sido encontrado... Imagina-se que a lenda do labirinto teria surgido justamente em função do tamanho do palácio e de como era fácil perder-se ou esconder-se entre os mil cômodos. A propósito da lenda do Minotauro, morto por Teseu, voltamos à lenda dos Argonautas, já que Teseu foi um deles...
Acredita-se que o fim dos minóicos foi causado por maremotos decorrentes da erupção do vulcão de Santorini. Teoricamente, esta história é a origem da lenda de Atlântida, a cidade submersa.
Um lugar que deu origem a tantas lendas só pode ser interessante, certo?
Ainda mais se circundado por um magnífico mar azul!
Um grande número de peças minóicas está exposto no excelente museu arqueológico de Heraklion.
A ilha de Rodes, foi ocupada pelos cavaleiros da Ordem de Malta e se tornou ponto de encontro dos cruzados na Idade Média.
O centro histórico da cidade de Rodes é cercado por muralhas e tem um ar bastante medieval. São praças, ruas de pedra, casas antigas, o Palácio dos Grão-Mestres e uma rua inteira praticamento só com as hospedarias que abrigavam os cruzados - Avenida dos Cavaleiros. Tombada pela Unesco, a cidade medieval abriga também elementos deixados por bizantinos, turcos e italianos.
O centro histórico da cidade de Rodes é cercado por muralhas e tem um ar bastante medieval. São praças, ruas de pedra, casas antigas, o Palácio dos Grão-Mestres e uma rua inteira praticamento só com as hospedarias que abrigavam os cruzados - Avenida dos Cavaleiros. Tombada pela Unesco, a cidade medieval abriga também elementos deixados por bizantinos, turcos e italianos.
Mas muito antes da Idade Média, Rodes era conhecida pelo Colosso de Rodes, uma estátua gigantesca do deus Hélios. Na entrada do porto de Rodes, onde ficava o lendário colosso, hoje estão as estátuas do cervo e da corça.
O encanto de Rodes continua na pequena vila de Lindos. Quase toda de casas branquinhas, espremidas em ruas muito estreitas, em meio a lojas de presentes e cerâmicas. Tudo com um fundo de mar maravilhoso e pedras escuras...
Vale visitar a acrópole e desfrutar da vista da Baía de São Paulo. Sua saída para o mar é muito estreita e, conforme o ângulo de visão, dá a impressão de ser uma lagoa de águas azuis.
Lá embaixo, a praia é linda, rodeada de falésias, e tem até uma igrejinha que, dizem, marca o local onde São Paulo aportou.
A ilha tem várias outras praias, algumas espetaculares. Várias delas são destaque na Europa, por sua beleza natural, limpeza e limitado número de banhistas.
Rodes me surpreendeu bastante. Não esperava grande coisa e acabei gostando muito.
Acho que ficaria em segundo lugar, logo atrás de Santorini.
Atenas não é uma cidade bonita. Pelo contrário, é até bem feia.
As ruas são sujas, o trânsito é confuso, há muitos prédios abandonados e pedintes pelas ruas.
A Acrópole, porém, é uma coisa espetacular. O Parthenon, e, mais que tudo, as cariátides. São lindíssimas, tão perfeitas que até emocionam.
Alguns outros sítios arqueológicos também são ótimos: a ágora antiga, o teatro de Dionísio e o imenso templo de Zeus.
Outra região muito bonita está entre as Praças Syntagma e Omonia, onde fica o campus da Universidade e o Museu Numismático.
Como a maioria das igrejas ortodoxas, a Catedral é bem bonita. Quem tiver tempo e vontade de explorar mais este tipo de arquitetura, há outras pequenas igrejas também bastante decoradas.
O Estádio de Atenas, construído para as olimpíadas de 1896, não tem graça nenhuma. Mas foi o primeiro da nossa era...
Quem, como eu, gostar de sair um pouco do circuito turístico ou quiser conhecer um pouco do cotidiano da cidade. Vale visitar o Mercado com suas bancas de frutos do mar, verduras, azeitonas, frutas secas e outras delícias. Fica no bairro do Psiri, vizinho à Plaka.
Plaka é o bairro mais atraente, com suas belas ruas e construções. Na região estão os melhores restaurantes e os bares mais interessantes. É um bom passeio tanto de dia como de noite, já que é uma região movimentada e segura.
Na minha opinião, Atenas vale uma visita rápida, pelas cariátides e a acrópole, pelas comidas deliciosas e para um agradável passeio por Plaka e nos arredores da universidade.
E as comidas gregas?
São uma delícia! E também muito saudáveis, esbanjando azeite, legumes, peixes e frutos do mar. É uma culinária bastante perfumada, que usa muito alho, cebola e ervas como orégano, hortelã, alecrim, louro, tomilho...
E as comidas gregas?
São uma delícia! E também muito saudáveis, esbanjando azeite, legumes, peixes e frutos do mar. É uma culinária bastante perfumada, que usa muito alho, cebola e ervas como orégano, hortelã, alecrim, louro, tomilho...
Neste aspecto e em vários outros, se parece bastante com a culinária turca, só que muito melhor... Utilizam muitos ingredientes em comum e tem até pratos "iguais", mas a comida turca é muito mais gordurosa e com tempero forte demais. O paladar não é exatamente ruim, mas me deu uma azia de 24hs ao dia.
Berinjelas, tomates, azeitonas e pimentões são muito utilizados, assim como o pepino e a abobrinha verde. A tradicional salada grega é feita com tomate, pepino, cebola, azeitona, pimentão verde e o espetacular queijo feta. As azeitonas gregas são especiais, tão gordinhas, uma delícia!
O queijo feta é algo de outro mundo de tão bom. Está sempre presente, de uma forma ou de outra: grelhado, marinado no azeite com orégano, frito, assado, com mel... Além do feta, gostamos do queijo Graviera, típico da ilha de Creta.
A refeição costuma vir acompanhada de pão pita e, de entrada, vale experimentar algum(ns) dos deliciosos patés. Achei muito saboroso o de iogurte com pepino e alho, chamado tzatziki.
As carnes de carneiro e cabrito são as mais tradicionais e utilizadas em pratos os mais variados. Também são comuns porco e frango. Nós somos fãs de moussaka e comemos várias. É uma espécie de torta em camadas de batatas, berinjelas, carne moída e molho bechamel, gratinada ao forno.
O souvlaki é o nosso churrasquinho. Outras delicias que experimentamos: porco ao gorgonzola com arroz de brócolis, porco com molho de vinho e tâmaras com arroz de castanhas, escalopes de cordeiro com creme de leite e champignons.
Peixes e frutos do mar também estão a disposição e são muito bons, sempre fresquinhos.
Os vegetais como pimentão, tomate, berinjela e abobrinha também são servidos recheados, assim como as folhas de parreira. Grão de bico e lentilhas são bastante usados.
As frutas, ao natural ou secas, estão sempre presentes. E são deliciosas. Nós pegamos a temporada dos morangos e uvas, mas lamentei demais não ter me fartado de figos frescos.
O iogurte grego é cremoso e suave, muito gostoso. Usam comê-lo puro ou com mel, frutas, castanhas... Eu, particularmente, não abro mão de comê-lo com geleia de morango.
Dos doces típicos, nada se compara à baklava, mas há muitas variedades, todas de encher a boca de água: com mel, amêndoas e outras oleaginosas, gergelim...
Berinjelas, tomates, azeitonas e pimentões são muito utilizados, assim como o pepino e a abobrinha verde. A tradicional salada grega é feita com tomate, pepino, cebola, azeitona, pimentão verde e o espetacular queijo feta. As azeitonas gregas são especiais, tão gordinhas, uma delícia!
A refeição costuma vir acompanhada de pão pita e, de entrada, vale experimentar algum(ns) dos deliciosos patés. Achei muito saboroso o de iogurte com pepino e alho, chamado tzatziki.
As carnes de carneiro e cabrito são as mais tradicionais e utilizadas em pratos os mais variados. Também são comuns porco e frango. Nós somos fãs de moussaka e comemos várias. É uma espécie de torta em camadas de batatas, berinjelas, carne moída e molho bechamel, gratinada ao forno.
Para uma refeição mais rápida, uma ótima pedida é o gyros, que para mim é exatamente a mesma coisa que o kebab. Ou seja, carne assada num espeto vertical giratório. Pode ser comido no prato ou num sanduíche com pão pita. Gosto dos dois jeitos.
Os vegetais como pimentão, tomate, berinjela e abobrinha também são servidos recheados, assim como as folhas de parreira. Grão de bico e lentilhas são bastante usados.
O iogurte grego é cremoso e suave, muito gostoso. Usam comê-lo puro ou com mel, frutas, castanhas... Eu, particularmente, não abro mão de comê-lo com geleia de morango.
Dos doces típicos, nada se compara à baklava, mas há muitas variedades, todas de encher a boca de água: com mel, amêndoas e outras oleaginosas, gergelim...
O ambiente das tavernas é muito simples e agradável, com música típica e cantoria. Os gregos são animados e hospitaleiros.
Em Atenas, a rua Adrianou (em Plaka) tem vários lugares legais e o restaurante Oineas (rua Aisopou 9, no Psiri) é muito bacaninha.
Mas ainda melhor é desfrutar de uma refeição nas ilhas. Sem pressa, com uma bela vista. Em Santorini, por exemplo, nada como escolher um terraço, bem no alto. Esquecer completamente do mundo e ficar só por conta da paisagem e das delícias. Sublime é a palavra...
* São chamados Argonautas os tripulantes da nau Argo, que foi até à Cólquida em busca do Velocino de Ouro (**).
Jasão era filho de Éson, rei de Iolco que teve seu trono usurpado pelo meio-irmão Pélias, e viveu no exílio na Tessália aos cuidados do centauro Quíron - o grande preceptor de heróis. Ao atingir a maioridade, retornou para reclamar o trono que era seu por direito. Pélias, para se livrar dele, o enviou em busca do Velocino de Ouro, A tarefa era muito arriscada e foi necessário agregar heróis que estivessem dispostos a participar da difícil empreitada. A expedição contou com heróis de grande renome e valor, cada um desempenhando uma função específica de acordo com suas habilidades.
A Orfeu, que tinha o dom da música, coube a tarefa de cadenciar o trabalho dos remadores e de sobrepujar com sua voz o canto das sereias que seduziam os navegantes. Argos construiu o navio e, por isso, a embarcação recebeu seu nome. Tífis, discípulo de Atena na arte da navegação, foi designado piloto. Morto na Bitínia, foi substituído por Ergino, filho de Poseidon. Castor e Pólux, filhos gêmeos de Zeus, atraíram a proteção do pai durante a tempestade que a nave foi obrigada a enfrentar. Destacavam-se ainda entre os heróis: Admeto, filho do rei Feres; Ídmon e Anfiarau, célebres adivinhos; Teseu, considerado o maior herói grego; Hércules, que não completou a expedição; Etálides, filho de Hermes que atuou como arauto; os irmãos Idas e Linceu e, é claro, Jasão, chefe e comandante da expedição.
Na Cólquida, reino de Eetes, cabia a Jasão a tarefa mais árdua: capturar o Velocino de Ouro. Medeia, filha do rei e conhecida por suas habilidades na arte da feitiçaria, apaixonou-se perdidamente por ele e o ajudou nas tarefas que o rei impôs como condição para entregar o talismã. Jasão tirou proveito dos feitiços e encantamentos da feiticeira e sem esforço partiu da Cólquida levando consigo o Velo de Ouro.
Os argonautas passaram, ainda, por muitas dificuldades no retorno, mas chegaram ao seu destino final e entregaram a Pélias o Velocino. Jasão partiu para Corinto, onde consagrou a embarcação ao deus Poseidon.
** O Velocino de Ouro foi dado por Zeus a Frixo, que seria sacrificado junto com seu irmão Hele aos deuses, como forma de atendimento de um oráculo. De posse do carneiro de ouro, Frixo viaja até a Cólquida. Lá é recebido pelo rei Eetes e recebe sua filham, Calcíope, como esposa. Sacrifica, então, o carneiro de ouro a Ares, e guarda a pele numa árvore, protegida por um dragão.