Mais um filme sobre uma história de amor. Com algumas dificuldades a vencer, para dar mais tempero. Neste caso, entre dois jovens viúvos com filhos pequenos. Ele, piloto de carros de corrida e ela, diretora (?) de cinema.
Ou seja, nada demais. Se não fosse a incrível beleza e a poesia do filme.
Por uma trilha sonora excepcional, com direito a Vinícius cantando Samba da Bênção, vamos sendo conduzidos pela história de Jean-Louis e Anne.
A direção é de uma delicadeza impressionante e a fotografia é de babar.
A descoberta dos personagens vem devagar, no mesmo ritmo em que eles se conhecem, se envolvem e se afastam do passado.
Com algumas sequências em preto e branco e outras coloridas, de forma a diferenciar o momento presente das lembranças, o filme revela, sutilmente, os pensamentos e sentimentos do casal.
São gestos, palavras subentendidas, olhares e hesitações em enquadramentos perfeitos. Pura poesia.
É um filme lindo, acho que o mais bonito de que tenho lembrança. Daqueles que dá vontade de que o tempo pare para poder continuar desfrutando daquela beleza. As imagens de Anne no pier com a filha, de Jean-Louis dirigindo na praia, do homem passeando com o cachorro no calçadão são paralisantes.
A combinação da fotografia com a trilha sonora. A poesia e a beleza das imagens. A intensidade transmitida com tanta delicadeza. O cuidado com os detalhes. São os pontos fortes deste filme que proporciona momentos de total felicidade.
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