domingo, 12 de fevereiro de 2017

EUA - Extremo Sul

Louisiana

Apesar do calor infernal, que parece ainda pior por causa da umidade excessiva, Nova Orleans é uma cidade incrível. As lindas casas com varandas de ferro trabalhado estão espalhadas por toda a cidade, mas vale concentrar o passeio no French Quarter. A maior concentração de construções históricas fica na elegante Royal Street que, atualmente, são ocupadas por antiquários, lojas e restaurantes. Também nesta rua estão localizados o Gallier House Museum e a Historic New Orleans Collection. A rua Bourbon é a mais animada, cheia de bares e casas de shows.


A música é um componente fundamental na identidade do lugar e está em toda parte. O jazz surgiu aqui a partir das músicas tocadas em bailes, desfiles e funerais, como fruto da mistura de culturas da região.


No French Market, além de souvenirs os mais diversos, é possível adquirir muitas das especialidades de Nova Orleans, como as nozes-pecã e os deliciosos pralines feitos com elas, a carne de aligator e os temperos característicos da cozinha cajun. Seus quiosques são boa opção para um lanche rápido com quitutes da culinária local.


Numa das extremidades do mercado, o Café du Monde é procurado pelas beignets e suas arcadas ficam lotadas de visitantes que fazem uma pausa enquanto ouvem os músicos de rua.


A Jackson Square, no coração do French Quarter, também concentra músicos e outros artistas. Nas suas laterais ficam os Pontalba Buildings, com lindas balaustradas de ferro forjado nos balcões e galerias.


Em frente à praça, estão a catedral de St. Louis e os edifícios do Cabildo e do Presbitério, que abriga o Mardi Gras Museum. Mardi Gras é a denominação que recebe a terça-feira de carnaval, que é comemorada com bailes de máscaras e desfiles.


As margens do rio Mississipi, na Louisiana, eram ocupadas pelas plantations que cultivavam anileiras, algodão, arroz e cana de açúcar.  Depois da guerra civil, estas propriedades entraram em declínio, mas algumas das que restaram estão abertas à visitação na área entre Nova Orleans e Baton Rouge que ficou conhecida como Plantation Alley. Em Oak Alley Plantation, uma alameda com carvalhos perenes centenários conduz até a residência neoclássica que oferece visita com guias usando trajes de época. Também se destacam Laura Plantation, Destrehan Plantation, San Francisco Plantation e Nottoway Mansion.


A herança predominantemente francesa da região é legado dos primeiros colonizadores, que dominaram a região até a compra do estado pelos EUA, em 1803. Some-se a isso a forte influência dos acadianos ou cajun. Estes imigrantes franceses fundaram uma colônia na Nova Escócia e chamaram-na Acádia. Quando foram expulsos pelos ingleses, em 1755, ficaram residência ao longos dos pântanos (bayous) da Louisiana.


A principal cidade do Cajun County é Lafayette, mas sua influência se espalha por toda a região e pode ser percebida, especialmente, na culinária maravilhosa. O Bayou Teche é o pântano que domina a região ao sul de Lafayette e tem pequenas cidades entre belas paisagens de vegetação exuberante e lindos carvalhos.


Breaux Bridge é a capital mundial do crawfish (espécie de lagostim) e em St. Martinville fica o carvalho de Evangeline, personagem do poema de Henry Wadsworth Longfellow que narra um pouco da saga acadiana.


Mississipi



Assim como a Louisiana, cuja cultura crioula de Nova Orleans deu origem ao jazz, o Mississipi tem uma ligação fortíssima com a música. No delta do rio Mississipi, cujo desenvolvimento deveu-se às plantations escravagistas de algodão de antes da guerra civil, cantos de trabalho e religiosos da África influenciaram na criação de um tipo diferente de música: o blues.


Não por acaso, no Mississipi nasceram o rei do blues, BB King, e o rei do rock, Elvis Presley. Em Clarksdale, o Delta Blues Museum reúne objetos relacionados ao gênero musical.


Natchez é uma cidade tranquila, nos costões do rio, que ficou famosa pela arquitetura de antes da guerra. Ao contrário da capital, Jackson, que foi incendiada três vezes durante o conflito, a cidade está muito preservada e os prédios históricos estão espalhados por todo o centro.


Alabama

O Alabama é o estado mais famoso pela história dos direitos civis.


Na cidade de Selma, em 1965, 600 manifestantes a favor dos direitos civis que rumavam para a capital foram rechaçados violentamente pela polícia, episódio que ficou conhecido com "Bloody Sunday".


Foi em Montgomery que Rosa Parks se recusou a ceder lugar no ônibus a um homem branco, fato que se tornou emblemático no movimento contra a segregação racial. Apoiado pelo reverendo Martin Luther King Jr., natural de Atlanta, o boicote aos ônibus de Montgomery foi um sucesso que fortaleceu o movimento e deu projeção ao jovem King. O Civil Rights Memorial homenageia mártires que morreram na luga pela igualdade racial.


Montgomery foi, também, a primeira capital da Confederação na Guerra Civil e, nos degraus de seu capitólio, Jefferson Davis prestou seu juramento como presidente confederado. Na First White House of the Confederacy, um pequeno museu retrata esta época. Também virou um museu a casa em que F. Scott Fitzgerald e Zelda (natural da região) moraram enquanto ele escrevia o romance "Suave é a noite".


Para comer:

Barnyard Buffet, em Saraland
Grande variedade da típica comida caseira do sul do país.


Chef Ron's Gumbo Stop, em Nova Orleans (Metairie)
O melhor da comida crioula. Muito sabor em pratos com frutos do mar e frango, com o tempero deliciosa da Louisiana.


Veja aqui mais fotos do Extremo Sul dos Estados Unidos.

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