quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Batendo perna em Madri

Madri também é um bom lugar para passear. De preferência ficar à toa, saboreando a cidade.
Cada vez mais, venho buscando abandonar a maratona de pontos turísticos e focar a viagem na busca da identidade, da essência, da atmosfera dos lugares. O que é melhor do que explorar história, arte, natureza, cultura, sabores e perfumes?
Claro que isso é mais fácil nas cidades que já conhecemos. A cobrança  (da gente mesmo e dos outros) para conhecer os "marcos" é menor e podemos aproveitar o tempo de verdade, para realmente degustar o lugar.
No caso de Madri, vale bater perna no Paseo del Prado, na Plaza de la Villa, na Plaza Mayor. Ver os lindos prédios da Gran Vía. Tomar um chocolate quente com churros, se estiver frio. É o melhor chocolate quente do mundo! Se o tempo estiver quente (e em Madri faz um calor miserável!),  tomar uma sidra de barril. Há várias sidrerias na Calle Tetuán. Eu sou suspeita porque adoro sidra, mas a daqui é mesmo deliciosa. Para acompanhar, uma infinidade de tapas a elijir. Eu adoro champiñones rellenos, calamares e pulpo a gallega.


Caminhar pelas Calles de Alcalá e Mayor, ir à Puerta del Sol... Renovar o estoque de cosméticos. Tem uma Sephora, que é a cara da minha amiga Cíntia (Bela Candanga), e uma El Corte Inglés imensa, que além de tudo dá 10% de desconto para turistas, na hora. É só apresentar passaporte ou identidade.
Domingo? Feira do Rastro... Chope no Mercado de San Miguel...
 

Se perder no bairro de Las Letras, descobrir praças, vielas, cervejarias, a casa onde viveu Lope de Vega ou Cervantes. Dar de cara com o belo Teatro Espanhol ou a Real Academia de História. Ler, no chão da Calle de las Huertas, trechos de obras dos escritores que viveram neste bairro. Que, para mim, é o melhor de Madri. 
 

Os museus são um capítulo especial.
Meu preferido é o Thyssen-Bornemisza, porque é onde estão Degas, Cézanne, Matisse, Pissarro, Renoir, Monet... Todos os meus queridinhos. Tem ainda Constable, Munch, Hooper, o Auto-retrato de Rembrandt, Kandinsky e um Karl Schmidt-Rottluff que acabei de descobrir. No Prado, gosto de Sorolla e algumas coisas de Velazquez e Goya. Além disso, um Bermejo, um Van der Weyden, um Rafael e dois El Greco que me agradam. É bacana fazer o percurso de 3 horas, com as obras-primas. No Reina Sofia, há vários Dalí. E também Picasso e Miró. Vale a pena comprar o ingresso Paseo del Arte, que por E$ 17,60 dá acesso aos três museus.

Degas - Thyssen
Pissarro - Thyssen
Renoir - Thyssen
Monet - Thyssen
Cézanne - Thyssen


Goya - Prado
Sorolla - Prado

Dalí - Reina Sofía
Dalí - Reina Sofia
E por toda parte, o cheiro doce e quente das amêndoas confeitadas...
 

Boa hospedagem:
Hotel Lope de Vega, colado no Museu do Prado e em pleno Bairro Las Letras

Para comer bem:
Marisquería Sirena Verde - Gran Vía, 62.

Sidra e tapas:

Nenhum comentário:

Postar um comentário