Desta vez, veio de noite. De madrugada. E aos que dormiam, como eu, trouxe apenas o vento fresco e o cheiro de terra. Silenciosa... Mas mesmo aqueles que só a perceberam de manhã ficaram gratos e eufóricos.
A primeira chuva! Só em Brasília esta expressão não deixa dúvidas. Ninguém pergunta - do ano? - do mês? Todo mundo sabe que é a primeira chuva depois da seca. E isso é muito natural... A expectativa do mês de setembro é grande. A saúde se ressente. O risco de fogo alarma. E a cidade fica feia. Mesmo? A grama totalmente seca. O céu, névoa e fumaça... Mas as flores explodem por aí.
Ipês em tons de rosa, amarelo, branco. A hora é dos lindos ipês brancos, que infelizmente não duram mais muitos dias. Tive a felicidade de voltar de viagem na quinta-feira e dar de cara com eles, no início da L-2 Sul e na via que liga a L-2 Norte com à L-2 Sul. Também Jacarandás. Azaléas. Buganvíleas. Sibipirunas. E Sapucaias, que tingem de vermelho o eixão norte.
Três dias depois da primeira chuva, a grama começa a brotar...
Com um pouco mais de água, o verde volta em várias tonalidades.
Isso é lindeza!
Capacidade de se adaptar, de florir sendo deserto e de renascer...
E não é que futucando na net, me deparei com lindos cartões postais de Brasília. Leia aqui. E olhe as fotos!
Agora, duas semanas e várias chuvas depois, não há mais flores de ipê branco nem de sapucaia. Em compensação (?), a grama está absolutamente verde e já começam a florescer os flamboyants, hibiscos e espatódeas.