sábado, 8 de outubro de 2011

República Tcheca - Praga e Cesky Krumlov

Lá fomos nós... A República Tcheca era a porta de entrada no mundo cuja língua não parece com absolutamente nada que eu entenda. Medo! Ainda mais que meu inglês não tá com essa bola toda...
Mas sabe que foi tranquilo? Não passamos nenhum aperto.
Tem turistas do mundo inteiro e a população parece toda interessada em comunicar-se conosco. Todo mundo fala inglês, pelo menos o fundamental para nossas necessidades básicas. A saber: comer, comprar, hospedar-se, obter informações, locomover-se. Além disso, estão todos aprendendo espanhol, alemão, italiano e até português... E como diz uma colega que conheci lá: não sei falar, mas sei mexer...
E assim, deu tudo certo. Não só lá, mas também na Hungria, Áustria, Alemanha, Eslováquia e Polônia. Claro que houve uma situação ou outra engraçada/ridícula ou mesmo de dificuldade, mas coisa mínima. No metrô de Budapeste, por exemplo, à noite, os guichês fecham e nós precisávamos comprar tíquetes... Onde? Perguntamos aos policiais e nada. Demos umas três voltas no saguão, subimos e descemos escadas, tentamos entender as placas... Perguntamos em uma lanchonete e num outro comércio... Nada. Já sem esperanças e achando que teríamos que ir de táxi para o cais, perguntamos em uma espécie de bombonière e a balconista entendeu. Era lá! Acho que foi a única situação de dificuldade real.
De resto, morremos de rir na KDW, tentando comprar iluminador, quando a Cristiane se saiu com a explicação "óbvia" para a vendedora: Anti-panda! Foi hilário mas funcionou. A compreensão foi imediata e saímos de lá todas contentes e sem olheiras.
Mas eu estava curiosa e prestava bastante atenção nas placas em tcheco, tentando entender o que diziam e tentando relacionar com a pronúncia que ouvia. 
 

Só que depois que fomos passando pelos outros países, foi ficando tudo muuuuuuuuuuito confuso. Eram muitas línguas deconhecidas de uma vez só. De qualquer forma, bastante interessante.

Praga é muito legal. A cidade é bonita. Na beira do rio Moldava. O rio em si não é bonito não, com a água escura. Mas a cidade tem charme.


De toda parte se vê o castelo lá no alto, e é uma bela imagem. E de lá de cima também se tem uma bonita visão da cidade, com o rio, as pontes e as casas coloridas.
 
A Karluv Most (ou Charles Bridge) é a ponte mais antiga (1357) e interessante. Sustentada por arcos e com torres fortificadas nas duas extremidades, tem um monte de esculturas de santos em sua extensão e é palco para artistas de rua. Muito mais agradável e charmosa do que bonita, é imperdível.


A subida para o Castelo, pela rua Nerudova, é bem divertida. Este bairro, Mala Strana, era onde moravam os artesãos medievais e muitas casas ainda tem nas fachadas os desenhos usados para identificar seus donos.


Já os passeios no interior do castelo não são tão interessantes assim. O ingresso inclui o Palácio Real, a Basílica de São Jorge, a Catedral de São Vito e a Golden Lane. Tudo bonitinho, mas nada demais. A Golden Lane tem algum atrativo. É a rua onde moravam os empregados do palácio e ainda tem casinhas mobiliadas como na época.


Também  imperdível é a Praça da Cidade Velha (Staromestske Namesti), com o belo prédio da prefeitura e o relógio astronômico. Do alto da torre, tem uma vista legal. As ruas ali em volta, na Cidade Velha (Staré Mesto), são bem interessantes.
 

No capítulo igrejas, as principais são a Igreja de Nossa Senhora da Vitoria (do Menino Jesus de Praga), a de Santa Maria de Tyn, a de São Nicolau e o Convento da Loreta. Além das duas que ficam no castelo, claro.


O Bairro Judeu (Josefov) é muito bacana. O Museu Judeu engloba 6 atrações: O antigo cemitério, o Ceremonial Hall e as Sinagogas Pinkas, Espanhola, Maisel e Klausen. A Espanhola é belíssima, a Pinkas é um memorial que tem escritos nas paredes os nomes do judeus da Boêmia e Morávia vítimas do holocausto. A Klausen apresenta uma esposição de desenhos das crianças presas no campo de Terezin.


Além do Museu Nacional, são legais os Museus de Franz Kafka e do comunismo. Curioso que a entrada do museu do comunismo fica atrás de um cassino, ao lado de um McDonald's.

 
O espetáculo de Teatro Negro é muito interessante. Bem diferente, vale a pena assistir. A roubada foi termos saído de lá e ido num tal jantar típico na Casa Municipal. O restaurante art déco é muito bonito, mas a comida não valia nada.
 

Mas a comida tcheca é ótima, muito bem temperada. Goulash, carne de porco, muita cebola e cogumelos e mil invenções deliciosas com batatas. Um dos pratos típicos é a sopa de alho com queijo. Indico dois restaurantes aí embaixo, mas também comemos bem na rua, numas barraquinhas na praça: salsicha, um porco assado caramelado delicioso igualzinho a tender, repolho refogado com bacon e outras coisas dentro. E era temporada de berries - que delícia! Legal que eles já vendem as cestinhas sortidas prontas, com garfinho e tudo.
 


Comida tcheca deliciosa?
Restaurante Zlatá Lyra 
Restaurante Nová Paluba

A cerveja é deliciosa. Afinal, foram eles que desenvolveram a pilsner! A cervejaria  Plzeňský Prazdroj é de 1842 e sua Urquell é bem popular. A Budweiser original também é tcheca, embora os Estados Unidos tenham copiado o nome e criado toda a confusão pela marca.


Cesky Krumlov é uma pequena cidade medieval, muito gostosinha. Também banhada pelo Moldava, tem atividades como rafting e canoagem. Mas o bacana mesmo é caminhar pelas ruazinhas de pedras do centro histórico, curtindo a arquitetura dos prédios e casas, e usufruir das lindas paisagens.
 
   

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