quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A primeira chuva

Desta vez, veio de noite. De madrugada. E aos que dormiam, como eu, trouxe apenas o vento fresco e o cheiro de terra. Silenciosa... Mas mesmo aqueles que só a perceberam de manhã ficaram gratos e eufóricos. 
A primeira chuva! Só em Brasília esta expressão não deixa  dúvidas. Ninguém pergunta - do ano? - do mês? Todo mundo sabe que é a primeira chuva depois da seca. E isso é muito natural... A expectativa do mês de setembro é grande. A saúde se ressente. O risco de fogo alarma. E a cidade fica feia. Mesmo? A grama totalmente seca. O céu, névoa e fumaça... Mas as flores explodem por aí.
Ipês em tons de rosa, amarelo, branco. A hora é dos lindos ipês brancos, que infelizmente não duram mais muitos dias. Tive a  felicidade de voltar de viagem na quinta-feira e dar de cara com eles, no início da L-2 Sul e na via que liga a L-2 Norte com à L-2 Sul. Também Jacarandás.  Azaléas. Buganvíleas. Sibipirunas. E Sapucaias, que tingem de vermelho o eixão norte.

 


Três dias depois da primeira chuva, a grama começa a brotar...
Com um pouco mais de água, o verde volta em várias tonalidades.

Isso é lindeza!
Capacidade de se adaptar, de florir sendo deserto e de renascer...

E não é que futucando na net, me deparei com lindos cartões postais de Brasília. Leia aqui. E olhe as fotos!

Agora, duas semanas e várias chuvas depois, não há mais flores de ipê branco nem de sapucaia. Em compensação (?), a grama está absolutamente verde e já começam a florescer os flamboyants, hibiscos e espatódeas.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Batendo perna em Madri

Madri também é um bom lugar para passear. De preferência ficar à toa, saboreando a cidade.
Cada vez mais, venho buscando abandonar a maratona de pontos turísticos e focar a viagem na busca da identidade, da essência, da atmosfera dos lugares. O que é melhor do que explorar história, arte, natureza, cultura, sabores e perfumes?
Claro que isso é mais fácil nas cidades que já conhecemos. A cobrança  (da gente mesmo e dos outros) para conhecer os "marcos" é menor e podemos aproveitar o tempo de verdade, para realmente degustar o lugar.
No caso de Madri, vale bater perna no Paseo del Prado, na Plaza de la Villa, na Plaza Mayor. Ver os lindos prédios da Gran Vía. Tomar um chocolate quente com churros, se estiver frio. É o melhor chocolate quente do mundo! Se o tempo estiver quente (e em Madri faz um calor miserável!),  tomar uma sidra de barril. Há várias sidrerias na Calle Tetuán. Eu sou suspeita porque adoro sidra, mas a daqui é mesmo deliciosa. Para acompanhar, uma infinidade de tapas a elijir. Eu adoro champiñones rellenos, calamares e pulpo a gallega.


Caminhar pelas Calles de Alcalá e Mayor, ir à Puerta del Sol... Renovar o estoque de cosméticos. Tem uma Sephora, que é a cara da minha amiga Cíntia (Bela Candanga), e uma El Corte Inglés imensa, que além de tudo dá 10% de desconto para turistas, na hora. É só apresentar passaporte ou identidade.
Domingo? Feira do Rastro... Chope no Mercado de San Miguel...
 

Se perder no bairro de Las Letras, descobrir praças, vielas, cervejarias, a casa onde viveu Lope de Vega ou Cervantes. Dar de cara com o belo Teatro Espanhol ou a Real Academia de História. Ler, no chão da Calle de las Huertas, trechos de obras dos escritores que viveram neste bairro. Que, para mim, é o melhor de Madri. 
 

Os museus são um capítulo especial.
Meu preferido é o Thyssen-Bornemisza, porque é onde estão Degas, Cézanne, Matisse, Pissarro, Renoir, Monet... Todos os meus queridinhos. Tem ainda Constable, Munch, Hooper, o Auto-retrato de Rembrandt, Kandinsky e um Karl Schmidt-Rottluff que acabei de descobrir. No Prado, gosto de Sorolla e algumas coisas de Velazquez e Goya. Além disso, um Bermejo, um Van der Weyden, um Rafael e dois El Greco que me agradam. É bacana fazer o percurso de 3 horas, com as obras-primas. No Reina Sofia, há vários Dalí. E também Picasso e Miró. Vale a pena comprar o ingresso Paseo del Arte, que por E$ 17,60 dá acesso aos três museus.

Degas - Thyssen
Pissarro - Thyssen
Renoir - Thyssen
Monet - Thyssen
Cézanne - Thyssen


Goya - Prado
Sorolla - Prado

Dalí - Reina Sofía
Dalí - Reina Sofia
E por toda parte, o cheiro doce e quente das amêndoas confeitadas...
 

Boa hospedagem:
Hotel Lope de Vega, colado no Museu do Prado e em pleno Bairro Las Letras

Para comer bem:
Marisquería Sirena Verde - Gran Vía, 62.

Sidra e tapas:

sábado, 3 de setembro de 2011

Lisboa sem compromisso

Como é bom voltar a uma cidade! Sem compromisso de conhecer, podendo só passear pelas ruas, perceber seus ruídos e odores sem pressa. Prestar atenção em pequenos detalhes que se perdem quando estamos na empolgação da primeira visita, do conhecimento.
Lisboa tem este sabor para mim. De só curtir...
Relembrar Fernando Pessoa...
Ainda gosto de ver a Torre de Belém e comer os deliciosos pastéis, passear nas margens do Tejo. Ir ao Mosteiro dos Jerónimos e entrar ou não, conforme a vontade e o sol. Bater perna no Chiado e no Rossio, admirar o Teatro Nacional e olhar para a estátua do nosso Dom Pedro. Subir da Praça do Comércio, vendo o movimento. Passar no elevador de Santa Justa. Ficar à sombra do Castelo de São Jorge. Jantar na rua das Portas de Santo Antão.

Meus pratos preferidos? Bacalhau de muitas formas e sabores, Cabrito Assado, Carne de Porco à Alentejana... E as migas? Ai Jesus!
Mas estas ainda não encontrei boas em Lisboa.

Mosteiro dos Jerónimos
Mosteiro dos Jerónimos
Mosteiro dos Jerónimos
Torre de Belém
Teatro Nacional
Castelo de São Jorge
Teatro Nacional

Para comer bem:
Restaurante Milano - Rua das Portas de Santo Antão, 38/40.
Antiga Confeitaria de Belém

Boa hospedagem:
Lutécia Hotel
Hotel Roma

Gales ???


Isso mesmo! O País de Gales é um encanto à parte, especialmente na deliciosa cidadezinha de Conwy. Sem dúvida um dos pontos altos da viagem. O castelo de Caernafon, onde são coroados os príncipes de Gales, é interessante, assim como a capital, Cardiff. Na zona rural, estradas estreitíssimas e belas paisagens de verde e de mar.

Caernafon
Caernafon

Caernafon

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Meus queridinhos na Inglaterra

Considero atrações imperdíveis na Inglaterra: Stonehenge, as termas romanas de Bath, o Imperial War Museum North (em Manchester), o SS Great Britain (em Bristol) e o Castelo de Windsor (com a casa de bonecas da rainha).

Stonehenge
Bath
Bristol
Gostei bastante das cidades de Lavenham, Lincoln, Durham, Chester e Stratford-upon-Avon, terra natal de Shakespeare. Além das universitárias Cambridge e Oxford, que tem os seus encantos. Mas York é linda demais e tem várias atrações, entre elas o excelente Jorvick. Encantadora, especialmente a região das Shambles. Amei!

Lavenham
Lincoln
Chester
Stratford-upon-Avon
Cambridge
Cambridge
Oxford
York
York
York
York
Liverpool é normalzinha, mas a Beatles Story e o "circuito" Beatles são especiais.
Shaftesbury é uma cidade minúscula, com uma rua de calçamento de pedras e chalés do século XVIII. É usada de cenário para filmes de época. Lindinha demais!

Liverpool
Liverpool
Shaftesbury
São muitas catedrais lindas: Salisbury, Norwich, Wells, Lincoln, York... mas meu coração ainda bate mais forte por Westminster. E gostei das ruínas da Fountain Abbey.

Salisbury
Norwich
Wells
Lincoln
Fountain Abbey
Se houver tempo, compensa visitar a Muralha de Adriano, o Vale do Cavalo Branco e Burghley House.
St Albans tem um museu romano despretensioso, mas bem montado.

White Horse
Burghley House




Dormir bem?
The Lazy Cow, em Warwick
Days Inn de Liverpool
Brooklyn House, em Carlisle
The Saxon House, em York
Newport Guest House, em Lincoln

Para comer:
The Masons Arms, em York
Thomas The Baker, em Richmond
Greggs, em todo o Reino Unido