sábado, 31 de março de 2012

Almoço das amigas

Comemorar aniversário é muito bom!
E se, com esse pretexto, conseguir almoçar com minhas queridas amigas Silvia e Cíntia num espetacular japonês... melhor ainda.
Nosso vício era o Haná, que é mesmo muito bom.
Mas o atual endereço das nossas orgias nipo-gastronômicas é o Suri. Tem algumas coisas absolutamente excepcionais, como o ceviche, o suri camarão, o sashimi de peixe branco maçaricado. E ainda suri couve, acelga maki, tempurá de lula e de camarão, shimeji e shitake na manteiga, hot roll... Muitas delícias!

Infelizmente, fomos lá no aniversário do Vinícius e o serviço foi muito ruim. Fiquei bem chateada. Espero que tenha sido só uma eventualidade e possamos continuar comendo a excelente comida com um atendimento bacana. Que voltem a servir bem, com direito a rodelinhas de nabo e água morna para limpar molho de soja da camisa.

Voltando ao almoço das amigas, ontem resolvemos nos encontrar para um bate-papo num endereço mais perto da Cíntia, para que ela pudesse levar o fofo do Pedro. Daí fomos ao 4Doze, um bistrô bem agradável.


A proposta é interessante. Pratos rápidos e leves, com ingredientes frescos e saudáveis. 
São muitas opções: filé, picanha, contrafilé, robalo, salmão, frango, camarão...  Risotos, massas, saladas ceasar e caprese, caldos e sanduíches. E algumas coisas bem diferentes, como fondue de alho poró e escondidinho de cogumelos.
No Cardápio Executivo, são 7 opções e dois acompanhamentos. Acertei na minha escolha: Frango Indiano. Com curry na quantidade exata, muita cebola e leite de coco, estava bem molhadinho e com o tempero equilibrado. Nos acompanhamentos, gostei da salada de couscous marroquino, da farofa de ovos e dos purês de cará com hortelã e abóbora com mel, embora estivessem um pouco pesados. Faltou cremosidade.
O prato é super bem servido. Eu, que como bem direitinho, fiquei mais que satisfeita...
A lista de sobremesas era tentadora: Petit gateau de nutela, cremes de frutas e trilogia de  créme brulée, que eu tinha comido de outra vez, quando fui lá com o Raul. Daquela vez, também comi uma entrada deliciosa. São fatias de berinjela grelhada, com recheio de ricota, iogurte e nozes e cobertura de molho de tomates com manjericão. Chama Pannequettes de Berinjela e vale a pena experimentar... De volta ao Créme Brulée, na trilogia vem três potinhos, nos sabores baunilha, amarula e castanha do Brasil.
Mas nós já tínhamos comido tanto que pedimos só um cafezinho... bem caprichado. Servido com canela e chantilly, vem acompanhado de uma pequena madeleine e de um potinho de créme brulée sabor baunilha. Tava bom!


A conversa hoje estava tão boa, que nem lembramos de escolher a trilha sonora. O cardápio musical é ótimo e cada mesa pode montar sua sequencia de quatro músicas. Não chega a ter o charme retrô de uma jukebox, mas é uma ideia legal. Me lembra uma barraca na Praia do Futuro, que tinha uma monteira de discos de vinil para a gente escolher a trilha sonora. Isso no início dos anos 90...

terça-feira, 20 de março de 2012

Pirenópolis

Sempre gostei de Pirenópolis. O casario, o calçamento, as janelas, os portões. A natureza e a culinária.
O clima do interior mesclado com eventos culturais... Pousadas bacanas.

  

Mas nesta última visita, me apaixonei pela casa do Raul.
No meio do buxixo, na rua do lazer, mas com um amanhecer silencioso, com direito apenas a galos e passarinhos.

Um quintal gostoso, com flores, frutas, miquinhos...


A cozinha integrada à deliciosa área de alimentação, com a linda e enorme mesa. Iluminação intimista, móveis bacanas. Canto de leitura com cadeira de balanço e uma luminária-mandala. O mezanino com vista.
E a porta da rua, onde era o café, é o balcão para a vitrine onde o mundo desfila.
 

A viagem foi de repente, sem planejamento algum, só para encontrar amigos queridos. E aproveitamos tanto! Pena que acabou rápido.


A chuva não nos deixou ir à nenhuma cachoeira. Mas sabe que nem fez falta?
Passeamos bastante pelo centro e foi bom descobrir pequenos detalhes. Paisagem. Cultura. Religiosidade. Arquitetura. Folclore.


E desfrutamos as delícias: da panelinha saborosa no espaço Feira de Quintal aos doces de frutas da D. Enói (Rua do Bonfim, 61). Sem contar as quitandas da D. Sebastiana, com a melhor rosca húngara do mundo!


E no sobe e desce das ladeiras, babamos com as jóias e o artesanato. O comércio é realmente diferenciado. Tem coisas incríveis, com muito charme e bom gosto.
A feira de domingo também é ótima. Não é tão grande, mas tem queijos, requeijão, ótimos doces, frutas amadurecidas no pé, pães deliciosos, ervas e folhas fresquinhas...

Muitos encantos há ainda em Pirenópolis, mas fica para outra vez. Vou ficar devendo muita coisa, porque minha proposição aqui não é escrever sobre experiências anteriores ao blog (????).
Esta postagem vai se resumir à visita de janeiro/2012 e depois, cada vez que voltar, faço acréscimos.
 


sexta-feira, 16 de março de 2012

Bater perna em Paris

Saudade da França. Vontade de Paris. Já há algum tempo.
E, então, a decisão de ir para a França nas próximas férias de julho.

Em dezembro, começamos a pensar no carnaval.
Los Roques foi a primeira ideia. Não conseguimos o aéreo.
Qualquer coisa no Caribe. Cuba, Curaçao... México? Não confirmou o aéreo.
Vamos a Bruxelas, visitar os sobrinhos? Seria ótimo, mas eles não estarão lá nesse período.
Buenos Aires e Montevidéu, ótima ideia! No exato tamanho de uma semana. Mas... adivinha. Não se conseguia passagem, mesmo faltando um mês e meio.
De repente surgiu um pacote, do jeitinho que queríamos: 3 noites em cada cidade, travessia do Rio da Prata, hotéis bem localizados... Oba! Pena que o preço era completamente absurdo.
Daí a Renata me conta que 7 noites em Paris, voando TAM, está saindo por pouco mais da metade do preço de Buenos Aires. Dá para acreditar? Há alguma coisa muito errada no reino dos pacotes de viagem.
Mas quem se importa?
S'mbora nós. Paris no Carnaval. Uh-la-la!

A viagem foi ótima. Paris é sempre ótima, eu acho.
Não tem inverno que prejudique seu encanto.
O difícil é saber o que é mais gostoso por lá.
Museus, parques, igrejas?
Compras, monumentos, cafés?
Ou só passear pelos bairros?

Sem sobra de dúvida, não dá para perder a Saint-Chapelle e a Notre Dame.


A primeira delas tem um interior magnífico, com vitrais sensacionais. É de ficar de boca aberta. Fica dentro do Palais de Justice, que foi a sede do Tribunal Revolucionário, assim como a Concergerie, que foi a prisão onde Maria Antonieta ficou esperando para ser enviada à guilhotina. Também foram seus hóspedes Danton e Robespierre.


Notre Dame é realmente magnífica. O grande lance, mais que o interior, é subir nas torres. São muitos degraus mas vale cada um deles. Além de ficar cara a cara com as gárgulas, que eu amo demais, a vista de Paris é das melhores. Além disso, a fachada é linda. Na verdade, ela é linda de todos os ângulos.  Nos arredores, estão a cripta arqueológica com os achados da aldeia romana de Lutetia e o marco zero da cidade.


E tudo isso ali bem na Île de la Cité, que é uma região super charmosa. Tem um mercado de flores ótimo, com muita variedade e qualidade mesmo no inverno...


Paris tem outras igrejas também, mas não tão prioritárias de conhecer. São interessantes, se estiver com tempo: St-Germain-de-Près, St-Julien-le-Pauvre, Madeleine, St-Severin, Médaille Miraculeuse, St-Sulpice... Muitas delas organizam concertos de música clássica. Vale a pena assistir e desfrutar da aura especial que dão a qualquer igreja.

Louvre!
É um museu enorme, com muitas obras primas, bom acervo de antiguidades e tal.


Mas a Paris dos museus é muito mais do que o Louvre. Os que mais gosto são o  d’Orsay, o L'Orangerie e o Marmottan-Claude Monet.
O Musée d'Orsay tem obras de Cézanne, Monet, Renoir e Dégas em profusão. Gauguin, Manet, Toulouse-Lautrec e Van Gogh. Um espetáculo!
No Musée de L'Orangerie estão os imensos painéis com Las Nymphéas de Monet, mais Cézanne e Renoir. E ainda Modigliani, Matisse e meu recém descoberto Utrillo.
No Musée Marmottan-Claude Monet estão mais mil coisas belas de Monet,  inclusive Impression - Soleil levant, que foi a obra que deu origem ao nome impressionismo. Descobri este museu nesta última viagem e claro que amei. Para mim, Monet é o número 1.
E por falar em arte e beleza, a Casa e os Jardins de Monet, em Giverny, são atração nota 10 da França. Absolutamente lindos! Com certeza entre as minhas 10 preferências da França. Não abre no inverno e fica a 70 km de Paris, motivos que me levaram a deixar os comentários para o futuro post sobre a França.


Para os de guerra, o Musée de L'Armée tem uma grande coleção de armaduras e armas de todos os tempos e origens. Fica no Hôtel des Invalides e dá para visitar também a tumba de Napoleão.
Para os de arte, tem o Musée Rodin e o Centre Pompidou.
E ainda tem os museus de Cluny, Carnavalet, Grévin e outros menos cotados.


Se não estiver com vontade de entrar em lugar nenhum, são muitos os monumentos e prédios bonitos pela rua: Hôtel de VilleTour St-Jaques, Escola de Belas Artes, SorbonneHôtel de Sens, Palais de Chaillot, Grand e Petit Palais, Opéra de Paris Garnier...


Sem contar as praças. As mais conhecidas acho que são a da Concórdia (onde tem o Obelisco), a da Bastilha e a chiquérrima Vendôme, mas minha preferida é a des Vosges, onde fica a casa de Victor Hugo.

      
O passeio a Versailles é obrigatório. O palácio é enorme e muito suntuoso, com quartos e salões ricamente decorados. As salas dedicadas aos corpos celestes e divindades equivalentes são belíssimas e a Galeria dos Espelhos, um espetáculo. Os jardins também são um luxo, com canais, esculturas e fontes.
É bem fácil de chegar, basta pegar o metrô e ir até uma estação onde passe a linha C do RER (trem urbano). Então, seguir até a estação Versailles-Rive Gauche, que fica a dois quarteirões da entrada do palácio.

 

Cada vez mais, eu descubro (ou confirmo) que fico muito feliz quando passeio pelas cidades sem compromisso. Para mim, ainda é mais fácil ficar assim despreocupada nos lugares em que não é a minha primeira vez... mas estou me aperfeiçoando e pretendo conseguir fazer isso sempre. É puro prazer.
Em Paris, gosto de bater perna no Marais, na Île de la Cité, na região de St-Germain-des-Prés (a rua de Buci é uma graça!), no Quartier Latin. O Quai Voltaire, por exemplo, é uma delícia. Com o solzinho de manhã então...

 
 
 
 
 

Nada como um passeio ao longo do rio Sena. Dá para ir vendo todos os pontos turísticos famosos e aproveitando a vista, sempre deslumbrante, o movimento da cidade, as pontes... Passar pela Île St-Louis e quem sabe tomar um sorvete.


Passear nos parques também é uma tentação. Experimente o Jardin des Tuileries, o Jardin du Palais Royal ou o Jardin du Luxembourg. Além de fontes, lagos e esculturas, geralmente há cadeiras bem confortáveis. Um convite a sentar para desfrutar da paisagem e aproveitar o sol.


São bons lugares para fazer um lanche. Os típicos crepes e sanduíches de baguete estão por toda parte. E na maioria das padarias, também há quiches deliciosas, macarons e mil outras gostosuras... É bastante usual comprar (ou trazer de casa) e levar para comer ao ar livre.

    
Um bom lugar para caminhar é Montmartre. Dá para subir até as escadarias da Basílica de Sacre Couer e voltar pela charmosa Place du Tertre, aproveitando para descer até a região de Pigalle, com as sexshops e os cabarés. O Moulin Rouge está sempre lotado, mesmo que só para tirar fotos na frente.

  
Não dá para perder a Torre Eiffel. Também vale passear pela Champs-Élysées e ir até o Arco do Triunfo, mas sem entrar. É a maior roubada... Paga-se caro para subir uma escada infinita e lá em cima é só a vista, que você já teve muito melhores nas torres de Notre Dame e na Eiffel.


Para quem gosta de túmulos famosos, tem o Pantheon e o Pére Lachaise.


O Pantheon é um monumento enorme em cuja cripta estão os maiores expoentes franceses, como Dumas, Andre Malraux, Diderot, Marie e Pierre Curie, Rousseau... O Père Lachaise é o cemitério com maior número de famosos por metro quadrado do mundo. Lá foram sepultados Balzac, Paul Éluard, Bizet, Chopin, Molière, Comte, Jim Morrison, Allan Kardec...
Dizem que é muito interessante, mas eu nunca fui. Confesso que não é um passeio que me atraia.

Eu gosto é de ficar à toa. Definitivamente.

Que tal um passeio de barco? É uma boa pedida... 
Nós fizemos com a Les Vedettes du Pont Neuf, mas há várias empresas. Tem também a Batobus, com o hop-on hop-off, mas estou deixando para viver esta experiência em Amsterdã.

Ou sair caminhando... Descobrir ruas e recantos desconhecidos. Cafés e lojas inéditos. Ângulos novos de antigas construções. Dar de cara com a Shakespeare and Company de George Whitman ou encontrar numa vitrine a matriuska do Che. Esbarrar numa apresentação de jazz em St-Germain ou num cover dos Stones na estação de metrô.

"Não seja inóspito a estranhos
pois eles podem ser anjos disfarçados"

É uma vida muito boa, né? Dá vontade de ficar para sempre.

A comida típica francesa, em geral, é mais gostosa no interior do que em Paris. Mas mesmo assim dá para aproveitar meus preferidos: magret de canard, escargots, boeuf bourguignon, cassoulet e crème brûlée. Isso sem contar crepes e galettes, quiches e as especialidades marroquinas e argelinas.

Comidas gostosinhas:

Couscous Royal: Nouveau Village 'Chez Momo' - Rue Xavier Privas (5º)
Cassoulet: Café Le Conti - Rue de Buci (6º)
Moules (mexilhões): Leon de Bruxelles (eu sempre escolho as Ardennaises)
Quiches: Le Petit Versailles de Marais - Rue Tiron esquina com Rue François Miron (4º)
Galettes e sidras bretãs: Crêperie de Carnac - 31 Bl Auguste Blanqui (13º) e Compagnie des Crêpes - Cour St-Émilion (12º)

De sobremesa, imperdível a Tartelette aux Framboises do Café Panis - 21 Quai Montebello (5º)