sábado, 13 de outubro de 2012

Bélgica

Bruxelas não tem muita coisa não, é meio sem graça.
De bonito mesmo, tem a Gran Place. É linda! E de noite, ainda mais linda...


Lá nos arredores, o Manneken Pis e uma estátua que todo mundo passa a mão e acontece-não-sei-o-que, tipo sorte ou dinheiro ou sei lá. Tá bom, fui pesquisar... É a estátua de Everardt Serclaes, um ex-prefeito e libertador, e a lenda é que dá boa sorte. Tudo bobagem... Mas o passeio pelas ruazinhas é muito agradável.


O Palácio Real é muito bonito, mas só abre para visitas no verão.


Tem o Museu Militar (Musée Royal de l'Armée) que é enorme e gratuito. Os homens da família gostaram muito e eu achei bem razoável. 


Também gratuitos são o Musée Royal d'Art et d'Histoire e o Autoworld, mas eu não fui. Ficam todos no Parque do Cinquentenário.


Ah! Tem também o Museu de la Bande Dessinée, ou seja, histórias em quadrinho.
Eu gostei e acho que vale principalmente para quem conhece e gosta de personagens como TinTin, Smurfs (eles são belgas!), Lucky Luke... 


A Bande Dessinée é muito tradicional na Bélgica e até a street art é bem focada nisso. A propósito, lá tem muita arte pelas ruas e é uma coisa que me encanta muito. Não chega a ser como Berlin, mas também é legal.


Muito bacana é o Musée Horta, a antiga casa e atelier do mega arquiteto Art Noveau, Victor Horta.


Duas coisas que acho super sem graça são o Atomium (ergh!) e a Mini-Europa


A célebre batalha de Waterloo, decisiva na guerra contra Napoleão, se desenrolou nas proximidades de Bruxelas. Em Waterloo, além do campo de batalha, pode-se visitar o quartel general de Wellington e a casa onde Napoleão estabeleceu seu comando.


Bem mais encantadora é Bruges, com canais e as praças Markt e Burg. Passear a pé pelas ruas do centro é um grande programa.


Como fica a menos de 100 km de Bruxelas, é perfeita para aproveitar um final de semana ou mesmo ir e voltar no mesmo dia. De quebra, fazer uma paradinha em Gent.
Gent tem o mesmo tipo de atração: arquitetura, canais e pontes. Só que é menor e bem menos turística.


Mas, definitivamente, o programa mais legal que fiz na Bélgica foi nos arredores de Bruxelas mesmo.
O evento denominado Floralia é realizado no Château de Grand-Bigard e dura somente um mês. Nós fomos em abril/2012 e fiquei encantada. Os jardins do castelo ficam absolutamente lotados de tulipas, de todas as cores, modelos, tamanhos... Um sonho! Florescem ainda narcisos, agapantos e muito mais.


O chocolate belga é considerado o melhor do mundo e é, realmente, muito bom. O sabor, a textura suave.  São de lá as marcas Godiva, Guylian, Neuhaus, Meurris, Callebaut, Côte d'Or, Leopold... Está em toda parte. Nas lojas das marcas, nas lojas de souvenirs e nos supermercados.


No ramo das sobremesas a Bélgica é ainda a mãe do gaufre, que é muito parecida com o waffle só que mais grosso, mais duro e mais doce. Ou seja, menos gostoso. Mas, claro, que não chega a ser ruim... Está pela rua em vários sabores: com chocolate, com frutas vermelhas, com açúcar de confeiteiro, com caramelo, com chantilly...


Também são servidos com Speculoos, que é um delicioso creme temperado com canela, gengibre, cravo, noz moscada e cardamomo, inspirado no tradicional biscoito belga com o mesmo nome.


A Bélgica é, também, grande produtora de cerveja. São muitos tipos e marcas, algumas entre as melhores do mundo. Eu não sou exatamente uma conhecedora de cervejas, mas curti experimentar a variedade e explorar novos sabores. Gostei, especialmente, das feitas com frutas como cereja e framboesa.


Os frutos do mar são bastante consumidos na Bélgica, com destaque para os mexilhões. Um dos pratos mais tradicionais é moules et frites, ou seja, mexilhões servidos com batatas fritas. Quem leu os posts sobre a França, já sabe que a-do-ro este prato e que vivo atrás de uma oportunidade para jantar no Leon de Bruxelles. Pois bem. Aqui nós podemos aproveitar a matriz. Que delícia fazer uma refeição no Chez LeonEu considero imperdível. Fica pertinho da Gran Place, na charmosa Rue des Bouchers.


A batata frita também é um prato tradicional belga. Embora french fries nos leve a pensar que a invenção é francesa, são os belgas que reivindicam a criação. Além de acompanhamento para quase todos os pratos, é muito consumida como lanche. São inúmeros os quiosques que a vendem, em cones de papel e acompanhada de diversos molhos.

É tão parte do cotidiano belga, que virou escultura na praça.

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